Ministério Público espanhol pede penas de prisão até 10 anos para todos
Quatro portugueses acusados de violarem duas raparigas em Gijon, Espanha, em julho de 2021, começam a ser julgados esta quarta-feira, com o Ministério Público espanhol a pedir penas de prisão até 10 anos para todos.
Os quatro portugueses vão ser julgados no Tribunal Provincial de Oviedo, que tem sede em Gijon, a cidade das Astúrias, no norte de Espanha, onde no verão de 2021 estavam de férias quando conheceram duas raparigas que posteriormente os acusaram de violação.
Segundo a acusação e as alegações do Ministério Público espanhol, a que a Lusa teve acesso, as raparigas conheceram dois dos portugueses num bar e concordaram ter relações sexuais com um deles no alojamento onde estavam hospedados, mas acabaram por ser violadas, nesse local, pelos quatro homens que vão ser agora julgados.
As raparigas apresentaram queixa na polícia e foram atendidas num hospital depois de terem deixado o alojamento onde alegam ter sido vítimas de violação pelos quatro homens, todos residentes na região de Braga e com menos de 30 anos de idade no verão de 2021.
Um deles está acusado de dois crimes de abuso sexual e o Ministério Público pede que lhe sejam aplicados 10 anos de prisão.
Os outros três estão acusados de um crime de abuso sexual cada (um deles na forma de cumplicidade) e o Ministério Público pede que lhes sejam aplicadas penas de prisão que vão desde um ano e três meses até cinco anos.
As duas raparigas constituíram-se também como “acusação particular” no processo e pedem penas prisão para todos, de entre um ano e seis meses a 22 anos.
Tanto o Ministério Público como a acusação particular pedem ainda que as duas raparigas sejam indemnizadas por danos físicos e morais pelos acusados, que tinham todos menos de 30 anos no verão de 2021.
Quanto à defesa, pede a absolvição dos quatro portugueses, argumentando que as relações sexuais foram todas consentidas.
O julgamento tem, para já, sessões marcadas para hoje e para quinta-feira.