opinião
Senior Partner, DFK

Celebremos os Empresários

25 nov 2022, 10:20

A todos os empresários, votos de que possam ser mais reconhecidos, valorizados e apoiados, e que com isso consigam continuar a celebrar a energia e resiliência que têm imprimido à economia nacional

As Pequenas e Médias Empresas (PME) são praticamente a maioria das empresas em Portugal. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), relativos a 2020, 99,9% do total de empresas são precisamente PME e, destas, 96,1% são microempresas que faturam menos de 2 milhões e empregam menos de 10 trabalhadores, e 3,3% pequenas empresas que faturam menos de 10 milhões de euros e empregam menos de 50 colaboradores. Sendo as micro e pequenas empresas representativas do tecido empresarial português, assumem uma importância significativa na economia uma vez que são a fonte da subsistência de muitas famílias e comunidades. 

A liderança destas empresas cabe a mulheres e homens, que por variadíssimas razões - tais como propósito, sobrevivência, ambição - pretendem ir mais além, seja no setor empresarial seja no setor social. Fazer mais e melhor muitas vezes com pouquíssimas condições. Pessoas que centralizam em si praticamente todas as áreas da empresa, nomeadamente a responsabilidade de satisfazer os compromissos financeiros, que se reinventam todos os dias colocando o seu conhecimento, o seu foco, determinação e muitas vezes o seu próprio património, ao serviço de um projeto em que acreditam.

São pessoas com uma força intrínseca e capacidade de realização que identificam oportunidades, têm ideias e avançam com projetos. Pessoas que inspiram, animam e estimulam as suas equipas independentemente das conjunturas, da incerteza e da volatilidade do mundo atual. Pessoas que resistiram aos efeitos da pandemia e que estão agora a enfrentar um novo desafio de resiliência perante os efeitos da guerra Rússia-Ucrânia, dificuldades em contratar colaboradores, aumento dos preços, crise energética e aumento das taxas de juro.  

São pessoas com mente aberta, com capacidade de trabalho - individual e em equipa - com um compromisso sério perante o negócio, mas também perante os colaboradores, clientes, fornecedores, credores e fundamentalmente perante a sociedade.    

Falo dos empresários, a quem o país tanto deve e de quem o país deveria cuidar melhor.

Muito já se fez mas existe muito mais a fazer na sustentabilidade dos negócios e fundamentalmente na melhoria do índice de produtividade da economia porque é com a melhoria deste índice que se conseguirá melhorar a remuneração do trabalho. Portugal tem empresários com capacidade e com ambição capazes de mobilizar equipas e fazer acontecer, contudo precisamos de melhorar as condições em que estes empresários e as suas empresas operam, nomeadamente a redução de custos de contexto, formação prática na área da gestão, melhorar as condições de avaliação e acesso ao crédito, criação de incentivos fiscais ao investimento e capitalização das empresas.       

Quero acreditar que a economia portuguesa seria mais forte e mais robusta se houvesse uma maior dinâmica de transformação de micro e pequenas empresas em médias empresas e, acima de tudo de médias em grandes empresas.

Estou convicto de que o caminho é criar e melhorar as condições de operação no mercado. Ajudar e apoiar, de forma direta ou indireta, os empresários e as suas empresas de forma planeada e estruturada para que consigam desenvolver e fazer crescer os seus negócios de forma saudável e sustentável.

A captação de recursos e a democratização de instrumentos de trabalho e tecnologia, muitas vezes só acessíveis a empresas de grande dimensão, são desafios para a transformação do tecido empresarial em Portugal, pois fazem a diferença entre a estagnação e o crescimento de qualquer negócio.

Estes desafios de crescimento do negócio decorrentes de oportunidades de desenvolvimento de projetos de expansão e inovação, passam pela ampliação e modernização  da estrutura produtiva, reter e recrutar novo talento, quer interno quer através de parcerias e fundamentalmente de bons empresários com visão e  capacidade de gestão para gerir os recursos de forma eficiente e equilibrada, que permitam criar resultados, acrescentar valor para a empresa e seus colaboradores, clientes, fornecedores e investidores, com impacto positivo no mercado.

A todos os empresários, votos de que possam ser mais reconhecidos, valorizados e apoiados, e que com isso consigam continuar a celebrar a energia e resiliência que têm imprimido à economia nacional.

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