Variante Ómicron já é responsável por 92,5% dos casos de covid-19. Pressão nos serviços de saúde é "elevada"

7 jan 2022, 20:03
Teste de deteção do SARS-CoV-2

Relatório das Linhas Vermelhas do INSA e da DGS indica que pessoas totalmente vacinadas contra a covid-19 "tiveram um risco de internamento 2 a 6 vezes menor do que as pessoas não vacinadas"

A última atualização do relatório das "Linhas Vermelhas" do INSA e da DGS publicado esta sexta-feira revela que a atividade pandémica em Portugal está com uma "intensidade muito elevada, com tendência crescente a nível nacional".

De acordo com o relatório, a capacidade de rastreamento de contactos de casos e de rapidez da notificação laboratorial "revela sinais de pressão" e a própria pressão nos serviços de saúde e o seu impacto na mortalidade "são elevados".

"Dado o rápido aumento de casos, mesmo tendo em consideração a menor gravidade da variante Ómicron, é provável um aumento de pressão sobre o todo o sistema de saúde e na mortalidade", afirma o relatório que acrescenta uma recomendação: a manutenção de todas as medidas de proteção individual e a intensificação da vacinação de reforço.

De acordo com o mesmo documento, a variante Ómicron é dominante em Portugal, tendo uma proporção de casos estimada de 92,5% no dia 6 de janeiro de 2022.

Entre o total de infeções em outubro, o relatório indica que as pessoas totalmente vacinadas contra a covid-19 "tiveram um risco de internamento 2 a 6 vezes menor do que as pessoas não vacinadas" e acrescenta que, tendo em conta o total de pessoas infetadas em novembro, as pessoas plenamente vacinadas "tiveram um risco de morte 3 a 5 vezes menor do que as pessoas não vacinadas".

Já na população com idade superior a oitenta anos, a dose de reforço reduziu o risco de morte por covid-19 "quase para metade em relação a quem tem o esquema vacinal primário completo".

De acordo com relatório hoje divulgado, nos últimos sete dias, 64% dos casos de infeção notificados foram isolados em menos de 24 horas, quando na última semana este valor estava nos 81%.

Além disso, 40% de todos os casos notificados tiveram todos os seus contactos rastreados e isolados em 24 horas, indica a análise de risco das autoridades de saúde.

“Nos últimos sete dias, estiveram envolvidos no processo de rastreamento, em média, 767 profissionais a tempo inteiro, por dia, (+129 do que na semana anterior) no Continente”, observa.

Segundo as “linhas vermelhas”, nos últimos sete dias foram realizados um total de 1.701.921 testes (1.584.115 de testes no último relatório).

O documento da DGS e do INSA sublinha que a mortalidade por covid-19 apresenta uma tendência decrescente, com uma média de 20,4 óbitos em 14 dias por milhão de habitantes.

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