Vale e Azevedo contente com preocupações dos adeptos
A revolta dos adeptos do Benfica pela dispensa de João Pinto começou ontem à noite e prosseguiu hoje durante todo o dia, com especial incidência no Estádio da Luz. Os adeptos encarnados não poupam críticas a Vale e Azevedo, presidente da Direcção, por deixar sair o capitão de equipa e jogador mais emblemático do plantel, particularmente sem contrapartidas para o Benfica. Jupp Heynckes, o treinador que tomou a decisão de prescindir de João Pinto, também foi visado.
Cartazes, «graffiti», palavras de ordem e ameaças de assembleias gerais foram a forma de sócios e simpatizantes manifestarem a sua revolta, com algum sentimento de impotência. Nenhum elemento da Direcção do Benfica foi visto hoje no Estádio da Luz.
Vale e Azevedo esteve sim no Jornal da Noite, na SIC, onde garantiu que João Pinto «entendeu as razões» que motivaram a rescisão. A revolta dos adeptos é vista como um bom sintoma pelo presidente do Benfica. «Fico contente com a contestação, é sinal de que o jogador sente o clube.»
A saída de João Pinto, «um jogador de classe», afirmou Vale e Azevedo, ficou a dever-se «a uma questão de rendimento». O capitão de equipa não produziria o suficiente para aquilo que recebia, explicou Vale, que desmentiu que a rescisão fosse um mau negócio para o Benfica. «Poupámos um milhão e 795 mil contos» em salários, prémios, verbas de imagem e contribuições para a segurança social, justificou.
