Tiroteio em escola secundária dos EUA faz quatro mortos e vários feridos

4 set, 17:48
Tiroteio na Geórgia (Mike Stewart/AP)

Estudantes foram levados para o estádio de futebol do local para se abrigarem

Um tiroteio numa escola secundária da Geórgia provocou pelo menos quatro mortos e cerca de 30 feridos, tendo o suspeito sido detido naquilo que os meios de comunicação descreveram como um cenário caótico.

O diretor do serviço de investigação da Geórgia, Chris Hosey, confirmou a morte de quatro pessoas, dois professores e dois alunos. "Há quatro mortos neste caso. Nove pessoas foram levadas para o hospital com diferentes ferimentos. Dos que morreram, dois eram estudantes e outros dois eram professores aqui na escola", explicou.

Entretanto foi confirmado pelas que o responsável pelo tiroteio tem apenas 14 anos, tendo sido encontrado "apenas minutos depois" dos primeiros alertas terem sido dados, de acordo com as autoridades, a quem o suspeito se rendeu de imediato.

Colt Gray, o jovem que terá sido responsável pelo tiroteio, estuda naquela mesma escola, revelou Chris Hosey, que antecipou já uma acusação de homicídio para o jovem, que deve vir a ser julgado como um adulto.

Vários agentes das forças de segurança estão no local, tendo levado os estudantes para o estádio de futebol da escola de Apalachee, em Winder, onde se abrigaram rapidamente.

O alarme foi dado por volta das 10:30 locais (menos cinco horas do que em Portugal Continental), com “vários agentes das forças de segurança destacados para a escola secundária por causa de um tiroteio”.

“Há vítimas, mas os detalhes de números e da condição não está disponível”, confirmou um comunicado da polícia local.

Alguns dos feridos, os mais graves, tiveram de ser transferidos para o hospital por helicóptero.

Biden rejeita "normalização"

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, lamentou o tiroteio num liceu da Geórgia, sublinhando que estes incidentes não podem ser normalizados e desafiando os republicanos a apoiar esforços de controlo de armas.

“Não podemos continuar a aceitar isso como normal”, disse o presidente num comunicado divulgado pela Casa Branca.

Biden observou que o que poderia ter sido uma “feliz temporada de regresso às aulas em Winder, na Geórgia, tornou-se em mais um lembrete horrível de como a violência armada continua a destruir” as comunidades do país.

O chefe de Estado e a primeira-dama, Jill Biden, lamentaram por aqueles cujas vidas foram interrompidas por mais violência “sem sentido”.

“Os alunos estão a aprender a abaixar-se e a proteger-se em vez de ler e escrever. (...) Acabar com esta epidemia de violência com armas de fogo é algo pessoal para mim”, acrescentou.

Segundo Biden, essa é a razão pela qual assinou a lei bipartidária para comunidades mais seguras e pela qual anunciou dezenas de ações executivas para proteção contra tal violência.

“Fizemos progressos significativos, mas esta crise precisa de ainda mais”, sublinhou, observando que “os republicanos no Congresso devem finalmente dizer 'chega' e trabalhar com os democratas para aprovar uma legislação sensata sobre segurança de armas”, acrescentou o presidente.

Biden reiterou o seu apelo para proibir as armas de assalto ou acabar com a imunidade dos fabricantes: “Essas medidas não devolverão as vidas àquelas que as perderam tragicamente hoje, mas ajudarão a evitar que novos atos trágicos de violência armada destruam mais famílias”, concluiu.

E.U.A.

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