Alterações ao regime de segurança social dos futebolistas O presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol vai voltar a conversar com os partidos sobre as propostas que lhes apresentou há poucos meses.
António Carraça, presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), vai voltar a conversar sobre segurança social com os partidos representados na Assembleia da República ainda antes das férias parlamentares, que começam a 1 de Julho.
Carraça fez há poucos meses uma primeira ronda pelas salas dos grupos parlamentares e garante ter obtido «boas reacções de todos» em relação à proposta feita pelo sindicato para alteração do regime de segurança social que protege os profissionais de futebol.
Uma das principais reivindicações do sindicato aponta para a diminuição da idade de reforma para os 55 anos no âmbito das profissões de desgaste rápido, caso dos futebolistas.
O outro «cavalo de batalha» é a inclusão de cinco anos de profissionalismo activo no «bolo» que serve de base ao cálculo das reformas. Actualmente, a lei prevê uma situação semelhante à da generalidade dos trabalhadores, para os quais contam os dez melhores dos últimos 15 anos de contribuições.
António Carraça entende ser justo que «as contribuições pagas nos anos em que os jogadores ganham mais dinheiro tenham uma retribuição na altura da reforma» e aponta benefícios até para o próprio Estado: «É uma boa forma de pressionar os clubes no sentido de cumprirem com as obrigações perante a Segurança Social.»
A segunda ida de António Carraça a São Bento visa recolocar a questão na agenda de preocupações da 9ª Comissão Parlamentar, que se debruça sobre questões relacionadas com Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
Para as eventuais alterações avançarem, a questão deverá ser apresentada em forma de projecto-lei por um dos grupos parlamentares ou de proposta de lei por parte do Governo.
