Em dezembro, mais de 200 pessoas suspeitas de integrarem uma vasta rede de tráfico de migrantes na América do Sul e na América Central foram presas, numa operação coordenada pela Interpol
O ministério do Interior equatoriano anunciou o resgate de 48 mulheres, mantidas em cativeiro para fins sexuais, numa operação contra uma alegada rede de tráfico de pessoas que atuava no Equador e no Peru.
Numa mensagem publicada na rede social Twitter, o ministério acrescentou que a operação implicou buscas em 18 edifícios, nos quais foram resgatadas as mulheres, sem revelar a localização.
🚨 @PoliciaEcuador detuvo a 13 personas presuntamente vinculadas al delito de #TrataDePersonas. Esta red operaba en Ecuador y Perú. En el operativo se allanaron 18 inmuebles y se rescató a 48 mujeres en condiciones de cautiverio con fines sexuales.#EcuadorContraLaTrata pic.twitter.com/ZNMdPWsO7q
— Ministerio del Interior Ecuador (@MinInteriorEc) July 23, 2022
A polícia equatoriana divulgou fotografias, com o rosto parcialmente coberto, de várias das 13 pessoas detidas para investigação por suspeitas de estarem “ligadas ao crime de tráfico de pessoas", disse o ministério.
A operação foi lançada em conjunto com a direção nacional de investigação criminal e a direção contra o tráfico de pessoas e contrabando de migrantes da Polícia Nacional do Peru.
Em dezembro, mais de 200 pessoas suspeitas de integrarem uma vasta rede de tráfico de migrantes na América do Sul e na América Central foram presas, numa operação coordenada pela Interpol.
Segundo a organização de cooperação policial, 16 alegados membros do grupo de crime organizado venezuelano "Tren de Aragua" foram detidos no Equador por serem suspeitos de traficar migrantes haitianos, com a ajuda de grupos armados da Colômbia.
Na Colômbia, a organização de crime organizado 'Casa Inglesa', conhecida pela exploração sexual de crianças em Bogotá, também foi desmantelada.
Supostamente, as crianças eram captadas e aliciadas na Venezuela e enviadas para o Equador através da Colômbia.
Em 2018, a Organização Internacional para as Migrações alertou que as centenas de milhares de refugiados venezuelanos que tinham entrado no Equador, Peru e Chile, do quais 40% eram mulheres e crianças, estavam mais expostos à violência sexual, podendo cair em redes de prostituição ou serem vítimas de tráfico humano.