opinião
Diretor da CNN Portugal

Rui Rio entra numa loja de porcelana…

13 dez 2021, 09:45

A justiça a funcionar é isto mesmo. Funciona sempre, mesmo quando, como foi o caso, não funciona.

O trabalho bem feito da Polícia Judiciária apagou e sabe-se lá se não fechará com chave de ouro uma trapalhada em que a Justiça, para se enganar a ela própria, julga que funcionou, mas falhou com estrondo, permitindo que, dentro da lei, e num voo low cost da Easy Jet, antes da Primeira Classe da Qatar Airways, Rendeiro aterrasse com estilo na África do Sul para soltar o grito “liberdade ou morte”.

A PJ trabalhou silenciosamente, em articulação com as suas congéneres, não plantou notícias, - uma especialidade de outros agentes da área - e, concluído o trabalho, apresentou os factos. E contra factos não há argumentos, a não ser os de Rui Rio.

Pode-se gostar do estilo de Luís Neves, o eficiente Diretor Nacional, e achar até que podia ter sido mais contido no seu dia de glória. Mas não se pode discutir, neste caso, como noutros, que fez o seu trabalho. E bem.

Aqui chegados Rui Rio andou mal ao criticar Luís Neves?

Sim, porque quando João Rendeiro saiu de Lisboa não havia crise política, logo a insidiosa frase final lança um anátema que a Judiciária não merece.

Só que, dizendo o que disse, o líder do PSD deixou, talvez aos solavancos, ou talvez não, um recado a toda a máquina do Estado.

Estamos em período pré-eleitoral e todos os movimentos podem ter uma segunda leitura, pelo que algum recato é aconselhável aos altos funcionários, não vá alguém capitalizar politicamente.

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