Nuno Melo apela a boicote ao Conselho Nacional do CDS-PP

CNN , MJC
25 nov 2021, 14:39
Nuno Melo (CDS-PP/Isabel Santiago)

Eurodeputado critica a marcação "de forma urgente" da reunião para esta sexta-feira e pede aos conselheiros que não participem "até que uma decisão seja proferida relativamente à deliberação ilícita de adiamento do Congresso do CDS"

Nuno Melo critica a marcação do Conselho Nacional do CDS-PP para esta sexta-feira, que se irá "realizar à distância e de forma urgente, quando nenhuma pressa é justificada", e anuncia que não irá participar na reunião.

"Apelo a outros Conselheiros Nacionais que me acompanhem nesta reação, até que uma decisão seja proferida relativamente à deliberação ilícita de adiamento do Congresso do CDS".

Reagindo à notícia da CNN Portugal que dava conta da marcação de um Conselho Nacional do partido a realizar às 21.00 de sexta-feira, por videoconferência, e no qual "vai estar a discussão de uma coligação do partido com o PSD para as eleições legislativas de janeiro no círculo eleitoral da Madeira", assim como "os critérios de designação dos candidatos às legislativas" e "as linhas programáticas a apresentar para o sufrágio", Nuno Melo publicou um longo texto nas redes sociais no qual critica a direção do CDS e revela ter decidido não participar na reunião.

O eurodeputado faz duras críticas ao presidente do Conselho de Jurisdição, Alberto Coelho, por ainda não ter proferido qualquer decisão sobre o pedido de impugnação que apresentou há um mês e que tinha como objetivo tornar inválidas todas as decisões saídas do Conselho Nacional de 29 de outubro, que cancelou o congresso eletivo que tinha sido agendado para este fim de semana, em Lamego.

"Nestes tempos em que a democracia está sequestrada no CDS, sempre que qualquer votação possa implicar a derrota da direção do partido ou do seu presidente, suspendem-se os votos, numa manifestação deprimente do pior momento da vida do partido."

Nuno Melo apela a Alberto Coelho "para que desbloqueie o órgão a que preside, pondo termo a uma estratégia que tem apenas em vista evitar que os membros do “tribunal” do partido se possam pronunciar sobre a deliberação de adiamento do congresso, ou no limite, utilizar expedientes manifestamente dilatórios, para que nenhuma decisão possa ser proferida em tempo útil".

E denuncia: "Depois da suspensão do congresso do CDS, impedindo-se os militantes de votar escolhendo o líder e aprovando uma moção de estratégia, temos agora a suspensão do Tribunal do partido, por parte de um presidente que parece desconhecer que é tão somente um “primus inter pares” e nessa medida tem de saber aceitar democraticamente as decisões do conjunto de conselheiros".

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