"Não planeamos danificar o sistema a que pertencemos": Putin diz que "foi forçado" a invadir a Ucrânia e pede compreensão aos "parceiros"

Rafaela Laja , em atualização
24 fev 2022, 17:06
Vladimir Putin (AP Images)

Putin diz a empresários russos que a Rússia permanece como parte da economia global e que não teve escolha sobre a Ucrânia

O presidente russo Vladimir Putin justificou esta quinta-feira que "não teve outra opção" a não ser pedir o que considera ter sido uma operação especial contra a Ucrânia, alegando que todas as tentativas anteriores de Moscovo para mudar a situação de segurança não resultaram em nada.

Em declarações ao país durante a tarde desta quinta-feira, o presidente afirmou que Moscovo foi "forçada" a tomar a decisão de invadir a Ucrânia e pediu compreensão por parte dos seus "parceiros", uma vez que considera que "a Rússia permanece como parte da economia global". "Não planeamos danificar o sistema a que pertencemos", declarou Vladimir Putin

"Os nossos parceiros deveriam perceber isso e não nos devem excluir deste sistema", afirmou Putin, reiterando que "os governos e autoridades deviam dar mais liberdade aos empresários".

"A Rússia não teve outra hipótese senão agir de forma diferente", explicou o líder russo, frisando contudo, que "não podemos prever riscos geopolíticos". "Todas as nossas tentativas para mudar a situação foram inúteis. Fomos forçados a tomar estas medidas", alegou.

"O que está a acontecer agora é uma medida coerciva", disse Putin, durante uma reunião com empresários, em Moscovo, que foi difundida pelas estações televisivas.

A Rússia lançou esta quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.

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