Cientistas já tinham detetado microplásticos na placenta e no sangue
Um estudo publicado na revista “Science of the Total Environment” revela que, pela primeira vez, foram encontradas partículas de microplásticos nos pulmões, em pessoas vivas. Já anteriormente tinham sido detetadas estas partículas, mas apenas durante autópsias.
A descoberta foi feita por uma equipa de cientistas da universidade de Hull York, no Reino Unido, que analisou todas as partículas com um mínimo de 0,003 milímetros de tamanho, usando amostras de tecido saudável de 13 pacientes, que iriam ser submetidos a cirurgias. Onze deles acusaram plástico nos pulmões, principalmente polipropileno (utilizados de forma comum em embalagens e canos) e pet (usado nas garrafas de água e refrigerantes).
Depois de serem detetados nas fezes, na placenta e no sangue, esta mais recente descoberta de microplásticos nos pulmões vem aumentar o gigante desafio que a ciência tem agora pela frente: perceber os impactos no nosso corpo e comprovar as consequências que isto traz para a nossa saúde.
Por dia inalamos sete mil partículas de microplásticos, através da roupa, de brinquedos, de mobiliário e de tantos outros objetos. Este recente estudo britânico diz-nos que isto equivale a 100 vezes mais do que era esperado.
