Maria Malveiro encontrada sem vida na prisão de Tires: cumpria pena máxima por homicídio no Algarve

29 dez 2021, 15:23
Prisão

Tinha sido condenada pelo homicídio de Diogo Gonçalves, que foi desmembrado

Maria Malveiro foi encontrada sem vida na manhã desta quarta-feira na prisão de Tires, em Cascais, cadeia onde cumpria uma pena de prisão de 25 anos (pena máxima) pelo homicídio de Diogo Gonçalves.

Ao que a CNN Portugal conseguiu apurar, as circunstâncias da morte estão ainda a ser investigadas pelos serviços prisionais. Maria Malveiro tinha 20 anos quando foi condenada, em abril deste ano.

Maria Malveiro foi condenada pela morte de Diogo Gonçalves, de 21 anos, que foi desmembrado depois de ter sido assassinado no Algarve.

A jovem foi considerada culpada dos crimes dos crimes de homicídio qualificado, pelo qual foi condenada a 23 anos de prisão, um crime em coautoria de profanação de cadáver (dois anos), um crime de furto (dois anos), dois crimes de acesso ilegítimo (20 meses, dez meses por cada um dos crimes) e um crime de burla informática e de comunicações na forma continuada (dois anos), um crime de uso e furto de veículo (um ano) e um crime de detenção de arma proibida (dois anos).

Além disto, foi ainda condenada a pagar uma indemnização de 265.396 euros ao pai de Diogo Gonçalves, dos quais 150.396 euros de danos patrimoniais e 115 mil euros de danos não patrimoniais.

A outra arguida do caso, Mariana Fonseca, de 24 anos, foi ilibada do crime de homicídio qualificado, mas ainda assim foi condenada a quatro anos de prisão efetiva pela coautoria de um crime de profanação de cadáver (um ano e 10 meses), burla informática e de comunicações (um ano e seis meses) e um crime de peculato (um ano e seis meses).

Na leitura do acórdão, a presidente do coletivo que julgou o caso afirmou que o tribunal deu como provado que Maria Malveiro matou Diogo Gonçalves, embora não tenha conseguido provar a participação no homicídio da outra arguida, Mariana.

O tribunal deu como provado que a dupla engendrou um plano para roubar 70 mil euros à vítima, valor que tinha recebido como indemnização pela morte da mãe, que foi atropelada em 2016. Depois de o drogarem com diazepam, droga obtida por Mariana Fonseca, que é enfermeira, mataram Diogo Gonçalves pelo método de asfixia em casa da vítima.

De seguida, cortaram dois dedos do corpo, transportando depois o cadáver para a sua casa, já depois de terem limpado o local do crime.

No próprio dia do crime fizeram transferências bancárias para as suas contas através do telemóvel da vítima, utilizando para isso os dedos que lhe tinham cortado e que serviram para desbloquear o telemóvel.

Depois, Maria Malveiro terá ido a um supermercado comprar um cutelo, com o qual mais tarde desmembrou o resto do corpo de Diogo, que foi colocado em vários sacos.

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