Responsáveis pela mina foram detidos. Ainda há 35 pessoas desaparecidas
Pelo menos 52 pessoas morreram na sequência de uma explosão numa mina de carvão na Sibéria esta quinta-feira. De acordo com a agência TASS, pelo menos 285 pessoas estavam dentro do local, quando ocorreu o incidente.
A maior parte dos trabalhadores foi retirado do local, mas as autoridades ainda estão a tentar localizar 35 pessoas. 49 vítimas foram levadas para o hospital, algumas inalaram fumos tóxicos e quatro estão em condição crítica.
Uma operação de resgate foi lançada na esperança de encontrar sobreviventes, mas acabou em tragédia.
Uma equipa de emergência perdeu o contacto com a superfície e a morte de pelo menos três operacionais foi confirmada pelas autoridades russas.
Ainda não é claro o que terá causado a explosão. Orgãos de comunicação social russos apontam falhas na ventilação como a origem do incidente.
Muito provavelmente, foi uma explosão de metano, desencadeada por uma faísca, que levou à explosão e a uma onda de choque. Feriu pessoas que não conseguiam sair ”, disse o Procurador-Geral adjunto da Rússia, Dmitri Demeshin.
De acordo com a Agência AFP, três responsáveis pela mina, localizada na região de Kemerovo, foram detidos por suspeita de violações de segurança. Entre eles, está o diretor da infraestrutura, um homem de 59 anos.
Vladimir Putin, durante uma conversa em Sochi com o homólogo sérvio Aleksandar Vucic disse que esta tinha sido "uma grande tragédia".
A mina Listvyazhnaya foi inaugurada em 1956 faz parte do leque de propriedades da empresa SDS-Ugol, com sede na cidade de Kemerovo.
Em 2004, uma explosão de metano fez 13 mortos na mina e outra explosão no local matou cinco pessoas em 1981. Acidentes em minas são notícias comuns na Rússia e em boa parte da antiga da União Soviética, muito por causa de insuficientes padrões de segurança, falta de supervisão e equipamentos desatualizados.
Um dos acidentes mais mortais na Rússia ocorreu na mina Raspadskaya, a maior na Sibéria e no país, no verão de 2010. Este incidente fez 91 vítimas mortais e provocou mais de 100 feridos.