Biden está convencido de que Putin vai "invadir a Ucrânia nos próximos dias" mas ainda acredita na diplomacia

18 fev 2022, 22:54

"Vamos apoiar o povo ucraniano. E vamos responsabilizar a Rússia pelas suas ações", disse o presidente norte-americano esta sexta à noite, garantindo que haverá sanções mas que os EUA não vão enviar mais militares para a Ucrânia

O presidente norte-americano, Joe Biden, acredita que a Rússia vai atacar a Ucrânia "nos próximos dias", tendo a intenção de chegar à capital Kiev. "Estou convencido de que Putin já tomou a decisão", disse numa declaração na Casa Branca proferida esta sexta-feira.

Mas Biden ainda acredita na diplomacia: "A Rússia ainda pode escolher a diplomacia. Ainda não é demasiado tarde para diminuir a escalada e regressar à mesa de negociações". A via diplomática "continua aberta até que ocorra o ataque".

Por outro lado, caso o ataque se concretize vai haver consequências: os Estados Unidos e os aliados “estão preparados para defender cada centímetro do território da NATO de qualquer ameaça” à segurança coletiva dos países.

Embora garanta que não vai enviar mais tropas norte-americanas para o território ucraniano, haverá consequências: "Vamos apoiar o povo ucraniano. E vamos responsabilizar a Rússia pelas suas ações. O Ocidente está unido e está decidido. Estamos prontos a impor sanções severas à Rússia se prosseguir com a invasão", disse Biden. 

O presidente americano lembrou que a Rússia concordou que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, se encontrem no dia 24 de fevereiro na Europa. "Mas se a Rússia tomar uma ação militar antes dessa data, ficará claro que eles fecharam a porta à diplomacia", alertou. "Eles terão escolhido a guerra e pagarão um alto preço por isso. Não apenas pelas sanções que nós e nossos aliados vamos impor à Rússia, mas também pela indignação que isso provocará no resto do mundo."

A partir da Casa Branca, o presidente norte-americano revelou, primeiro, que falou com membros do Congresso e com os chefes de Estado dos países da NATO sobre a crise entre a Rússia e a Ucrânia. Depois, recordou que os separatistas pró-russos têm violado os vários cessar-fogos, dando o exemplo do bombardeamento de um infantário, e alertou para a campanha de desinformação da parte do governo e meios de comunicação estatais russos sobre potenciais intenções da Ucrânia.

Sobre a presença do presidente ucraniano, Zelensky, na Conferência de Segurança de Munique, Biden afirma que "é uma decisão dele". Teme-se que a ida de Zelensky possa ter riscos de segurança para o próprio chefe de Estado da Ucrânia. Biden diz que falou com "Zelensky uma dúzia de vezes, talvez mais". "Na procura de uma solução diplomática talvez seja a escolha sábia [ir à conferência]. Mas a decisão é dele."

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