Indígenas levantam bloqueio contra barcos petroleiros na Amazónia peruana

Agência Lusa , AM
7 jan 2022, 06:48
Desflorestação na Amazónia

Governo peruano comprometeu-se a satisfazer várias exigências da comunidade indígena em relação ao fornecimento de eletricidade, educação, saúde e instalações comunitárias

Uma comunidade indígena na Amazónia peruana que estava a bloquear o transporte fluvial de petróleo para uma estação oleoduto peruano levantou o seu protesto na quinta-feira depois de ter chegado a vários acordos com o Governo.

Os nativos da comunidade Saramurillo, do grupo étnico Kukama Kukamiria, concordaram em permitir o desembarque de barcaças carregadas com petróleo bruto do campo petrolífero Lote 95, operado pela empresa canadiana PetroTal, e prometeram manter relações cordiais com empresas e instituições.

Em troca, o Governo peruano comprometeu-se a satisfazer várias exigências da comunidade indígena em relação ao fornecimento de eletricidade, educação, saúde e instalações comunitárias.

O acordo foi alcançado após dois dias de negociações entre representantes da comunidade nativa e o Governo na sede do Instituto Peruano de Investigação Amazónica (IIAP), localizado na cidade de Iquitos, capital da região do Loreto (nordeste), a maior do Peru.

"O diálogo é o caminho a seguir: representantes da comunidade nativa de Saramurillo, autoridades locais e o poder executivo chegaram a acordos que permitirão avançar na resposta às exigências da população local", celebrou a primeira-ministra, Mirtha Vasquez.

Entre os compromissos adotados pelo Executivo está a adjudicação nesta quinta-feira do concurso para o projeto de "melhoria e integração do sistema elétrico nas comunidades de San José de Saramuro e Saramurillo", com o objetivo de completar o trabalho durante o corrente ano.

Do mesmo modo, a PetroTal e a empresa estatal Petroperu, o operador do gasoduto, comprometeram-se a financiar a construção de um edifício comunitário para a comunidade.

Foi também acordado acelerar o processamento de vários projetos de educação e saúde, e a Presidência do Conselho de Ministros irá coordenar com vários ministérios, tais como Agricultura, Ambiente, Energia e Justiça para definir ações para que a comunidade aborde os vários problemas levantados pelo chefe nativo.

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