Nota assinada pela ministra da Administração Interna promete um procedimento o mais célere possível
O Governo vai indemnizar as famílias dos cinco militares da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR que morreram na queda do helicóptero em Peso da Régua, no rio Douro.
Foi o próprio Ministério da Administração Interna a confirmar que já foi assinado o despacho para proceder à indemnização das famílias das vítimas.
"Ministra da Administração Interna assinou despacho que determina a abertura do processo de indemnização aos familiares dos cinco militares da GNR", pode ler-se.
A nota assinada pela ministra Margarida Blasco indica que este despacho "desencadeia a tramitação legal que conduz ao pagamento das indemnizações".
Lembrando que os militares perderam a vida em serviço, uma vez que estavam a regressar de um incêndio, o Governo garante que "não esquece, nem poderia esquecer, quem deu a sua vida pelos outros, ao serviço da comunidade".
"Sendo certo que nada poderá compensar a perda de uma vida humana, há, porém, a determinação e garantia de prestar toda a ajuda e apoio às famílias das vítimas, que foram devastadas por tamanha tragédia", acrescenta o Executivo, frisando que espera que o procedimento seja "o mais célere possível".
"Portugal sabe, sempre, reconhecer o brio e a dedicação de todos aqueles que se alistam, ano após ano, para com o risco da própria vida, se colocarem ao serviço das forças de segurança para protegerem a nossa comunidade. Portugal prestou, assim, uma pública e sentida homenagem e reconhecimento coletivo, a estes cinco militares que deram a vida ao serviço da comunidade. É, agora, tempo de não esquecer as famílias que ficam e que precisam de toda a solidariedade e apoio que possa contribuir para que consigam, com a dignidade devida, prosseguir com a suas vidas mantendo sempre viva a memória de quem partiu fazendo jus à divisa da Guarda Nacional Republicana 'pela lei e pela grei'", termina o comunicado do Governo.
O helicóptero de combate a incêndios florestais caiu no rio Douro na sexta-feira, próximo da localidade de Samodães, Lamego, transportando um piloto e uma equipa de cinco militares da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS).
A equipa helitransportada regressava ao Centro de Meios Aéreos (CMA) de Armamar, onde estava sediada, vindos de um fogo no concelho de Baião.
O piloto da aeronave foi resgatado com vida, apenas com ferimentos ligeiros.
Ainda na sexta-feira foram localizados os corpos de quatro militares da GNR. O quinto foi localizado no sábado à tarde, depois de intensas buscas no local.
As causas do acidente ainda não são conhecidas.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), organismo do Estado Português, tem uma equipa no terreno e que está a investigar o acidente.