FC Porto: parte do dinheiro obtido de forma ilícita pode ter servido para a criação de um "saco azul"

1 dez 2021, 15:53
Pinto da Costa

Esse "saco azul" serviria também para financiar um alegado esquema de corrupção desportiva, como a manipulação de resultados através de subornos junto de jogadores adversários

A CNN confirmou esta quarta-feira, depois de o Observador ter noticiado, que há suspeitas de que uma fatia do dinheiro alegadamente obtido de forma ilícita por parte do FC Porto, proveniente de transferências de jogadores, serviu para a criação de um "saco azul".

Segundo a investigação, esse "saco azul" serviria também para financiar um alegado esquema de corrupção desportiva, como a manipulação de resultados através de subornos junto de jogadores adversários.

Há ainda suspeitas de que os emissários do FC Porto, que faziam o elo de ligação com esses atletas, seriam os mesmos empresários que são visados no processo por ligações a Pinto da Costa e ao filho Alexandre - nomeadamente Pedro Pinho.

No dia 22 de novembro, o Ministério Público mandatou 33 buscas, entre as quais à SAD azul e branca, afirmando estar a investigar o pagamento de comissões superiores a 20 milhões de euros relacionados com transferências de futebolistas.

Já na altura, fontes judiciais disseram à CNN Portugal que Pinto da Costa era suspeito de ter recebido indevidamente dinheiro em negócios do futebol envolvendo o FC Porto.

O FC Porto não respondeu a perguntas colocadas pelos jornalistas, mas emitiu um comunicado, onde garantia que colaborará com a investigação.

Esta segunda-feira, na gala dos Dragões de Ouro, Pinto da Costa referiu-se a esta operação como uma "orquestração de certa comunicação social", acusando-a de "calúnia e mentira", esperando "ter tempo para demonstrar" que é "sério e honrado".

Os negócios em investigação

Ao todo, são 12 os negócios em investigação e em que o Ministério Público suspeita que Jorge Nuno Pinto da Costa terá ganho da forma descrita acima.

Entre 2013 e 2016, levantam suspeitas as transferências de Casemiro, Brahimi, Quaresma e Aboubakar.

Já de 2017 a 2020, são as transferências de Ricardo Pereira, Uribe, Éder Militão, Felipe, Zé Luís, Óliver Torres, Fábio Silva e Danilo Pereira que estão a ser escrutinadas.

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