Dias da Cunha: «Sócios do Sporting vão decidir se querem Estádio Municipal»

21 mai 2001, 21:47

Obras em Alvalade vão continuar

Dias da Cunha, presidente do Sporting, esteve presente no jantar de homenagem à secção de andebol, que conquistou o título nacional. Mas o tema de todas as conversas foi o estádio municipal, relançado hoje por José Lello, ministro do desporto e da juventude, em comunicado. O dirigente diz que a decisão vai passar agora pelos sócios de Sporting e Benfica, que é necessário um encontro esta semana entre as partes envolvidas e não foi claro se, independentemente do Municipal, o Sporting vai construir o seu próprio estádio. 

«As obras do estádio, cidade desportiva e sede social vão continuar a avançar. O que se está aqui a fazer não será perdido. É fundamental continuar as obras para garantir que Lisboa tenha o estádio de 52 mil lugares. Este local vai passar a ser o coração do Sporting. O Estádio Municipal será o local onde a equipa de futebol, de 15 em 15 dias, vai passar três ou quatro horas. O futebol do Sporting vai ficar centralizado em Alcochete. A casa de futebol do clube nesse local passará a ser o centro da formação», afirmou. 

O comunicado de José Lello foi importante no acelarar do processo: «É uma tomada de posição pública que vem confirmar tudo o que foi dito até agora. A novidade é só o comunicado em si. Saúdo o facto da sua existência e entendo que tal é muito importante.» 

Dias da Cunha reforça a ideia da necessidade da marcação do um encontro para alinhavar o projecto do Estádio Municipal. «Há um passo que não está referido no comunicado que é o encontro entre as quatro entidades: Câmara Municipal, governo, Sporting e Benfica. Este deve ser feito ainda esta semana. Há dois aspectos relativos ao governo que não estão aqui contemplados: acessibilidades e a posição do ministro do desporto em relação à ideia em si», adiantou. 

Tempo é o maior inimigo 

O tempo é agora o maior inimigo do Municipal de Lisboa. O presidente do Sporting já tinha referido isso logo após o encontro frente ao Benfica, em Alvalade, e reiterou essa mesma opinião: «É verdade que os prazos são curtos. Ando a dizer isso há muito tempo.» 

A decisão vai pertencer aos sócios de Sporting e Benfica. Para que as Assembleias Gerais sejam marcadas, Dias da Cunha entende que é fulcral o encontro entre as quatro partes. «Não sei fazer futurologia. Sei que é certo que devem ser os sócios a decidir. Em última análise, são as Assembleias Gerais dos clubes que têm poder soberano e vão decidir. Tem de haver um esforço para explicar do que se trata e do que seria esta realidade para o Sporting. Mas como tenho vindo a dizer, não basta a racionalidade deste projecto. É preciso ter em conta o sentimento. Esse ninguém pode tirar aos sócios que estiverem na Assembleia no momento do voto. Continuo a pensar que, neste momento, independentemente do comunicado, o importante é avançar para que as quatro partes se encontrem. Aí então poder-se-ia estabelecer os prazos para a realização das Assembleias Gerais dos dois clubes», concluiu.

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