Covid-19: Reino Unido volta a impor restrições a todos os viajantes, incluindo testes e isolamento à chegada

27 nov 2021, 17:19
Boris Johnson anuncia novas restrições por causa da variante Omicron

Regressam as máscaras nas lojas e todos os contactos de risco da nova variante devem fazer isolamento de 10 dias independentemente do seu estado vacinal

O primeiro-ministro do Reino Unido anunciou este sábado que o país vai voltar a colocar restrições aos viajantes de todo o mundo. Para tentar controlar a variante Omicron, o país vai passar a obrigar todas as pessoas que cheguem, independentemente da origem, a fazer um teste PCR ao segundo dia após a chegada, ficando essas pessoas em isolamento até chegar o resultado.

"Vamos pedir a todos os viajantes que cheguem ao Reino Unido um teste PCR ao segundo dia após a chegada e impor o isolamento até que o resultado venha negativo", afirmou Boris Johnson, no dia em que se confirmaram os primeiros dois casos da Omicron naquele país.

As novas medidas anunciadas pelo chefe do governo britânico estão relacionadas com o surgimento da nova variante identificada na África do Sul, que tem cerca de 30 mutações, e que se pensa ser mais contagiosa que as anteriores.

Dessa forma, o Reino Unido vai também monitorizar os contactos de risco, que devem passar a cumprir uma quarentena de 10 dias, independentemente de terem ou não a vacinação completa.

Regressa também o uso da máscara em todos espaços comerciais: "Pedimos a todos que nos ajudem a conter a variante ao cumprirem as regras nas lojas e transportes públicos", referiu Boris Johnson.

Os britânicos vão avançar também para um reforço da vacinação, ainda que não se saiba ao certo quais os reais efeitos da nova variante na eficácia das vacinas existentes, admitindo o governo, tal como vem sendo dito por muitos especialistas, que a Omicron pode afetar as vacinas.

"Os nossos cientistas estão a trabalhar hora a hora, e parece que a Omicron se transmite mais rápido e que pode transmitir-se entre pessoas que já estão duplamente vacinadas", sublinhou Boris Johnson.

As medidas que entram agora em vigor vão ser reavaliadas dentro de três semanas: "É a coisa mais responsável que podemos fazer", avisou Boris Johnson, que lembrou que a variante já se está a propagar por todo o mundo.

Isso mesmo levou a que o Reino Unido, tal como muitos outros países, tenha começado por suspender os voos vindos de sete países da África Austral (incluindo a África do Sul).

Os dois casos de contaminação com a nova variante do coronavírus SARS-CoV-2 foram detetados em pessoas “ligadas a uma viagem à África do Sul”, tinha anunciado previamente o Ministério da Saúde britânico.

"A agência de segurança sanitária britânica [UKHSA, na sigla em inglês] confirmou que dois casos de covid-19 com mutações compatíveis com B.1.1.529 foram identificados no Reino Unido”, revelou o ministério num comunicado.

Na nota acrescenta-se que as zonas afetadas são a localidade de Chelmsford, no condado de Essex, próximo de Londres, e a cidade de Nottingham, no centro de Inglaterra.

O ministro da Saúde britânico, Sajid Javid, anunciou que mais quatro países passaram a estar incluídos na lista de territórios cujos habitantes, a partir das 04:00 TMG de domingo (mesma hora em Lisboa), não podem viajar para o Reino Unido (a não ser que se tratem de cidadãos britânicos e que devem observar uma quarentena num hotel designado).

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