Covid-19: manifestantes antivacinas a caminho de Paris

Agência Lusa , AM
12 fev 2022, 11:03

Autoridades estão a acompanhar de perto a situação para evitar imagens semelhantes às dos chamados "coletes amarelos" protestos de há alguns anos atrás, que deram a volta ao mundo

Milhares de pessoas reunidas nos chamados "comboios da liberdade", protestando contra as vacinas e as restrições impostas pelo Governo francês devido à pandemia, dirigem-se para Paris com a intenção de se manifestarem este sábado, apesar da proibição explícita das autoridades.

Vindas de todo o país, reunidas em vários acessos que convergem para a capital, as caravanas passaram a noite às portas da cidade e partiram agora, a um ritmo lento, em direção à capital.

Organizados através de redes sociais e aplicações de mensagens, os manifestantes afirmam pretender colapsar os acessos a Paris, apesar das disposições previstas pela Prefeitura, compostas por 7.200 agentes, veículos blindados e máquinas para evitar bloqueios.

Para evitar a vigilância policial, os comboios dispersaram-se e reuniram-se em várias entradas da cidade.

De momento, quase 100 pessoas foram multadas durante a noite por terem participado numa manifestação proibida, de acordo com a Prefeitura.

As autoridades estão a acompanhar de perto a situação para evitar imagens semelhantes às dos chamados "coletes amarelos" protestos de há alguns anos atrás, que deram a volta ao mundo.

O movimento "convois de la liberté", inspirado por aqueles que conseguiram bloquear Otava, publicou uma série de exigências nas redes sociais, que giram em torno da rejeição de vacinas e medidas para encorajar as pessoas a tomá-las, tais como o certificado de vacinação.

Numa carta aberta dirigida ao Presidente francês, Emmanuel Macron, e ao primeiro-ministro, Jean Castex, pedem para que lhes seja devolvida "a liberdade de que foram privados durante dois anos devido a circunstâncias excecionais que já não existem".

Além disso, exigem que a vacinação seja abandonada e que seja criada uma investigação farmacológica independente sobre os efeitos das vacinas.

Exigem também o regresso aos seus empregos dos trabalhadores de saúde despedidos por se recusarem a vacinar e a indemnizar qualquer trabalhador que tenha sofrido consequências por não o ter feito.

Macron está atento a este novo movimento de protesto, que surge apenas dois meses antes da primeira volta das eleições presidenciais para as quais, embora ainda não tenha declarado oficialmente a sua candidatura, está a liderar em todas as sondagens.

O Presidente aproveitou uma entrevista na sexta-feira à noite com a imprensa local para apelar à calma e disse compreender o cansaço dos cidadãos devido às restrições associadas à pandemia.

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