Adjunto de Mourinho analisa a equipa Para Carlos Mozer não há dúvidas. O Benfica está a melhorar, sobretudo a nível mental. O treinador-adjunto da Luz diz que os resultados são importantes, mas retém na memória os aplausos do público no final do jogo com o Sp. Braga. No encontro frente ao Marselha o esquema táctico vai ser mantido e os seis convocados da equipa B terão oportunidade de actuar.
«A nivel mental, o plantel do Benfica está muito melhor do que quando chegámos», disse hoje (quarta-feira) Carlos Mozer, adjunto de José Mourinho na equipa técnica encarnada.
Na conferência de imprensa promovida na véspera do encontro particular com o Marselha (quinta-feira, 16 horas), Mozer mostrou-se satisfeito com o trabalho desenvolvido desde 20 de Setembro: «Temos um bom plantel, que segue à risca aquilo que o treinador manda fazer no dia-a-dia. A mentalidade que José Mourinho quer está bem inserida na equipa. É óbvio que os resultados são importantes, mas o fundamental é que os jogadores trabalhem a 100 por cento, lutem até ao fim e saiam do campo realizados.»
O encontro com a equipa francesa que Mozer também representou enquanto jogador é apontado pelo adjunto encarnado como «uma oportunidade de mostrar jogadores da equipa B». Foram convocados seis elementos desta formação e segundo Mozer «todos vão poder mostrar-se».
A equipa técnica do Benfica vai aproveitar também para «observar a evolução dos jogadores».
«Fizemos três partidas com a mesma disposição táctica e vamos manter esse fio de jogo», revelou Carlos Mozer, que recorda com agrado, apesar do empate com o Braga, a noite de segunda-feira: «O resultado positivo do jogo foram os aplausos no final. O reconhecimento do público foi um golo espectacular!»
Em 1990 Marselha e Benfica defrontaram-se nas meias-finais da Taça dos Campeões Europeus. Os encarnados venceram, com a famosa mão de Vata, e Mozer, que já fora benfiquista e viria a ser de novo, jogava então do lado francês.
O público encarnado, nessa noite, não foi particularmente carinhoso com o agora técnico adjunto: «Fui sempre um jogador que ninguém gostava de ter do lado adversário, porque jogava sempre nos limites. Dentro do campo não me lembro de ouvir assobios, só no início e no fim do jogo.»
Comparações entre as equipas de hoje e as de há 10 anos são praticamente impossíves, na opinião de Mozer: «Estão muito mudadas, com qualidades e objectivos muito diferentes. Nessa altura o Benfica era forte e o Marselha tinha uma equipa espectacular.»
