Com “poucos dias, ou até poucas horas”, comandante ucraniano em Mariupol promete não se render

20 abr 2022, 04:27

Em vídeo divulgado pelo Washington Post, o comandante dos resistentes ucranianos cercados na siderurgia de Azovstal pede ajuda aos "líderes do mundo" para salvar centenas de civis e mais de 500 soldados feridos

"Esta pode ser a nossa última mensagem”, diz o major Serhiy Volyna, da 36ª Brigada de Fuzileiros, que está cercada pelas tropas russas na siderurgia Azovstal, em Mariupol. Numa “mensagem ao mundo”, o comandante das forças ucranianas sitiadas garante que não se irão render aos russos, e pede uma “operação de extração” que permita salvar as suas tropas, e também as “centenas de civis” que estão refugiados nas caves e corredores subterrâneos da fábrica.

”Podem restar-nos apenas poucos dias, ou até poucas horas”, mas “não iremos depor as nossas armas”, garantiu o comandante ucraniano, numa mensagem vídeo enviada ao Washington Post, que a divulgou esta noite. 

Segundo Volyna, as forças russas superam os últimos combatentes ucranianos numa proporção de dez para um. Um desequilíbrio em toda a escala: “Eles controlam o espaço aéreo, e têm superioridade de artilharia no chão, [com] tanques e veículos.”

Toda a resistência ucraniana que resta em Mariupol visa “defender um objetivo: a fábrica, onde estão a guarnição militar de Mariupol e civis apanhados pela guerra”. Segundo o comandante das forças, no local há mais de 500 militares feridos, “e centenas de civis, incluindo mulheres e crianças”

Num apelo derradeiro “aos líderes mundiais”, Volyna pede uma “operação de extração” que os possa deixar no território de um “país terceiro”.

Segundo o Washington Post, para além de garantir que não deporão as armas, o militar ucraniano prometeu que os seus soldados continuarão "a conduzir operações de combate e a cumprir as nossas tarefas militares enquanto as recebermos".

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