Ex-dirigentes do Internacional e do Grémio rejeitam acusações

14 dez 2000, 16:06

Lavagem de dinheiro na transferência de vários jogadores «Se houve irregularidades no processo de transferência do dinheiro para o Brasil, deve-se perguntar a quem efectuou o pagamento». É assim que Paulo Záchia, antigo presidente do internacional, se defende das acusações de que tem sido alvo, tal como alguns ex-dirigente do Grémio, relativas a irregularidades nas transferências de Jardel, Gamarra, Paulo Nunes entre outros.

Pedro Paulo Záchia, ex-presidente do Internacional de Portalegre, já respondeu às acusações de irregularidades de que tem sido alvo, relativamente à lavagem de dinheiro na transferência de alguns jogadores. «Se houve irregularidades no processo de transferência do dinheiro para o Brasil, deve-se perguntar a quem efectuou o pagamento», salientou o dirigente.  

Para além de Záchia, que era presidente do Inter aquando da transferência de Gamarra paa o Benfica, estão ainda sob suspeita Fábio Koff, presidente do Grémio que vendeu Jardel, e Paulo Rogério Amoretty. 

Os três dirigentes estão sob suspeita de lavagem de dinheiro relativa à transferência de vários jogadores, entre os quais Gamarra, Jardel, Paulo Nunes e Christian. No centro das acusações está ainda o empresário José Maria Minguella, que comprou os passes dos jogadores para depois vendê-los a clubes europeus. 

Tudo começou quando a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) ao futebol do Senado brasileiro teve acesso a vários documentos comprovativos de que os clubes possuem contas no exterior para as quais transferem o dinheiro relativo à venda de jogadores.  

O dinheiro deveria ser depositado numa conta no exterior em dólares e só depois convertido em reais e depositado novamente no Brasil, através de uma operação de câmbio com o Banco Central, contudo este processo nunca foi realizado.  

Na sequência de todas as suspeitas, a CPI já ordenou a quebra de sigilo bancário dos dirigentes e da própria Federação brasileira. A Comissão solicitou ainda que a mesma medida seja aplicada às contas do presidente da Federação gaúcha e outros dirigentes de Federações estaduais, para além da quebra do sigilo fiscal de 14 clubes, entre os quais o Grémio.

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