Bolsas europeias aliviam quedas. Petróleo sobe 5% e gás dispara 19%

7 mar 2022, 17:13
Bolsas

O índice Stoxx 600 – índice que agrupa as 600 maiores empresas da região – terminou o dia com uma queda a rondar 1%. Em Frankfurt e em Paris, as praças desvalorizaram-se 1,5% e 0,8%. Lisboa conseguiu acabar a sessão com um ganho de 1,16%.

Depois de um início de sessão com perdas robustas, as bolsas europeias conseguiram anular parte das perdas durante o dia. Agora, à hora de fecho, algumas praças conseguiram registar tímidos ganhos, mas o sentimento geral foi de quedas num dia em que o petróleo voltou a ser protagonista.

O preço do Brent – negociado em Londres e que serve de referência para Portugal – chegou a atingir os 139 dólares por barril logo no inicio do dia, depois de os EUA terem anunciado que poderá vir a suspender a compra desta matéria-prima com origem da Rússia. Mas ao longo da sessão, o “ouro negro” encolheu os ganhos, ficando-se pelos 123 dólares (+4%).

Já há investidores a comprarem opções (que garante ao investidor a opção de comprar um ativo quando ele atingir um determinado valor dentro de um intervalo de tempo) de petróleo a 200 dólares, antevendo uma subida do barril para este patamar em breve. Os preços do gás natural escalaram 20%.

O índice Stoxx 600 – índice que agrupa as 600 maiores empresas da região – terminou o dia com uma queda a rondar 1%. Em Frankfurt e em Paris, as praças desvalorizaram-se 1,5% e 0,8%. Ainda assim, mesmo com uma ligeira recuperação, grande parte dos índices está a negociar já em “bear market” – que acontece quando um ativo cai 20% ou mais desde o último máximo. O Stoxx 600, que agrupa as 600 maiores empresas do “velho continente” – chegou a cair 4,8% nesta manhã.

Apesar do sentimento negativo vivido no resto da Europa, Lisboa conseguiu acabar a sessão desta segunda-feira com um ganho de 1,16%, à boleia do desempenho do setor da energia, que é o que tem mais peso dentro da bolsa nacional.

A maior queda foi registada pelo BCP (-5,08%) para mínimos de meio ano, num dia em que todo o setor da banca foi dos mais castigados. Em contraciclo com o ambiente de quedas, a Galp Energia e a EDP Renováveis ganharam quase 7% e a EDP valorizou-se 3,98%.  

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