Bolsas em queda, petróleo em alta

22 fev 2022, 06:52
Bolsas

Por toda a Ásia a negociação de ações caiu no vermelho. Os futuros indicam que esta será uma terça-feira difícil nas bolsas europeias e em Wall Street. Entretanto, o valor do petróleo dispara

O desencadear das hostilidades da Rússia em relação à Ucrânia está a deixar as bolsas globais no vermelho. Em contrapartida, a cotação do petróleo está a subir, e o barril de Brent já ultrapassou os 97 dólares.

Depois de uma segunda-feira marcada pela instabilidade, que afetou particularmente as ações na Rússia, os mercados asiáticos, os primeiros a abrir após o início das manobras de guerra de Moscovo, registaram, sem excepção, fortes quedas durante a manhã de terça-feira. Do Japão à Austrália, passando pela Coreia do Sul e Hong Kong, todas as bolsas caíram mais de 1%.

Em Hong Kong o índice Hang Seng caiu 3,1%; em Tóquio, o Nikkei perdeu 1,7%; o Kospi, em Seul, recuou 1,5% e a bolsa de Xangai perdeu 1,3%. Para além do conflito no Leste da Europa, os investidores asiáticos mostram-se preocupados com novas restrições no sector da tecnologia na China.

No mercado de futuros, o panorama é igualmente negativo e faz antecipar uma terça-feira muito difícil em Wall Street. Segunda-feira foi feriado nos EUA, mas todos os índices de futuros americanos estão a cair: Nasdaq (-2,1%), S&P (-1,5%) e Dow (-1,3%). Na europa, o Euro Stoxx50 apontava para uma queda de 1,4%.

O crude mais caro desde 2014

Em contraste com as ações, as negociações de petróleo estão em alta. A perspetiva de um conflito em larga escala entre a Rússia e a Ucrânia faz temer perturbações no fornecimento de energia, o que fez disparar as cotações do crude. Até ao lançamento desta peça, o Brent subiu 2,4%, e chegou aos 97,66 dólares por barril. Trata-se do valor mais alto dos últimos sete anos.

Os analistas de mercado admitem que a incerteza poderá manter os investidores afastados das bolsas nos próximos dias, à espera de uma clarificação da tensão na Europa oriental.

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