Costa admite tomar novas medidas para Natal e passagem de ano "se for necessário"

1 dez 2021, 10:47

Para que este cenário não se venha a verificar, Costa apelou ao reforço das cautelas e cuidados individuais

O primeiro-ministro admitiu, esta quarta-feira, tomar novas medidas para o Natal e passagem de ano caso "seja necessário". António Costa vai esperar para ver a evolução dos números, mas assegurou estar atento. 

"Temos de estar sempre atentos para tomar uma nova medida caso ela seja necessária. O que é que nós todos desejamos? Que ela não seja necessária. O que é que nós devemos ter presente? Se for necessária, cá estaremos para adotar essas medidas", disse aos jornalistas, durante as Comemorações do Dia da Independência, em Lisboa. 

Para que este cenário não se venha a verificar, Costa apelou ao reforço das cautelas e cuidados individuais devido ao aumento de casos de covid-19 em toda a Europa, mas também pelo surgimento da variante Ómicron que, aliás, já foi registada em Portugal.

"Tendo em conta a evolução que acontece no conjunto da Europa, tendo em conta que há uma nova variante, que nos aproximamos cada vez mais da época do frio, que vamos estar todos mais juntos no Natal e no período das festas, é necessário reforçar as cautelas." 

O primeiro-ministro lembrou que Portugal tem um nível de proteção muito elevado por causa da vacinação, ressalvando, no entanto, que ainda não há prova científica suficiente que comprove se as vacinas hoje disponíveis são eficazes contra a nova variante. Explicou também que, das informações que o Governo tem recebido tanto das "autoridades sul-africanas" como "dos contactos com médicos portugueses que trabalham na África do Sul”, esta variante terá "um maior índice de transmissibilidade", mas não tem uma "sintomatologia muito diferente das variantes anteriores".

"É mais transmissível mas não é necessariamente mais danosa para a saúde", acrescentou. 

Fecho da pediatria do Hospital Garcia de Orta foi "medida cautelar"

Numa reação ao encerramento do serviço de urgência pediátrica e consulta externa de pediatria do Hospital Garcia de Orta, em Almada, Costa disse que se tratou "de uma medida cautelar (...) não significa que haja um surto". 

Segundo o chefe de Governo, “um dos médicos desse serviço é também médico da Belenenses SAD e, portanto, estava incluído no grupo das 13 pessoas que tinham sido detetadas como tendo sido contaminadas” pela variante em questão.

“Por ter tido contacto com os demais, o que é que foi feito? Foi adotada a medida cautela que as autoridades de saúde pública têm vindo a adotar, que é, havendo pouca informação ainda sobre esta variante, jogam pelo seguro”, referiu.

Salientou assim que, nestes casos, as autoridades de saúde "testam massivamente, testam os contactos de contactos, de forma a procurar conter qualquer risco de contaminação".

Com o encerramento do serviço, "todas as crianças que seriam atendidas nessas urgências pediátricas são reencaminhadas para outras urgências pediátricas do Serviço Nacional de Saúde", frisou.

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