Os EUA já tinham anunciado a aplicação de taxas de 100% sobre os veículos elétricos chineses
A administração norte-americana quer banir software e hardware chinês e russo dos carros que circulam no país. O anúncio foi feito por funcionários da Casa Branca, que alegam "razões de segurança" - e não políticas.
O grande objetivo da proposta é impedir que os serviços de informação chineses e russos consigam monitorizar os movimentos dos norte-americanos ou que utilizem a eletrónica dos veículos como via de acesso à rede elétrica ou a outras infraestruturas importantes do país. “Muitas dessas tecnologias contam com grandes volumes de informações sobre os motoristas”, disse o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, aos jornalistas no domingo, citado pelo New York Times.
Jake Sullivan acrescentou que "os veículos conectados e a tecnologia que utilizam trazem novas vulnerabilidades e ameaças" nos casos da China e da Rússia, que diz serem "países preocupantes". Recorreu ao exemplo do grupo de hackers patrocinados pelo estado chinês Volt Typhoon para ilustrar as preocupações norte-americanas. O conselheiro de Segurança Nacional norte-americano diz que este representa o um esforço chinês para inserir códigos nos sistemas elétricos do país, bem como se infiltrar nas condutas de água e outras infraestruturas críticas.
Apesar de estarem ainda a avaliar outras indústrias que podem vir a ser sujeitas a regras semelhantes às propostas para a indústria automóvel chinesa, os EUA está ainda nesta fase.
Este ano a administração de Joe Biden já tinha anunciado a aplicação de taxas de 100% sobre os veículos elétricos chineses. A proposta agora feita surge também no seguimento da proibição do equipamento de telecomunicações da Huawei e nas investigações sobre os guindastes de fabrico chinês que operam nos portos norte-americanos.
