Perfil de Roger Lemerre
Data de nascimento: Bricquebec a 18 de Junho de 1941.
Carreira como treinador: Jogou no Sedan (61/69), Nantes (69/71), Nancy (71/73) e Lens (73/75), actuou em 414 jogos da I Divisão, sendo seis vezes internacional. Como técnico passou por Red Star (75/78 e 85/86), Lens (78/79), Paris Racing (79/81) e Estrasburgo (81/85) até entrar para os quadros da Federação, primeiro no centro de formação (86/97). Seleccionador desde 20 de Julho de 1998.
Títulos: Jogador do ano em 1966, 68 e 69. Chegou ao título mundial em 1998 como adjunto de Aimé Jacquet. Antes já havia conquistado o Mundial militar (1995).
Herança pesada
O escândalo esteve próximo: a França, detentora do título mundial, poucas vezes superou a mediocridade na fase de apuramento, oscilou e ficou à beira da desilusão. Salvaram-na a difícil vitória sobre a Islândia (3-2) e um erro do guardião russo Filimonov no encontro com a Ucrânia. Assim sobreviveu Roger Lemerre à generalidade da crítica que, depois de ser forçada a render-se aos resultados obtidos pelo odiado Aimé Jacquet, repete o tom azedo em relação ao seu adjunto, acusado de falta de capacidade para suportar a pesada herança do ceptro mundial. Resta saber se a crítica não terá de repetir também a rendição aos resultados...
Quase indiferente ao cerco da Imprensa e à acumulação de dúvidas quanto às suas reais capacidades, Lemerre manteve a estrutura dos campeões do Mundo, ao mesmo tempo que aproveitava para trazer dados novos à máquina, acrescentando doze estreantes.
Questões para resolver são muitas: como resolver o problema de Nicolas Anelka, depois de uma época conturbada no Real Madrid? Arriscar ou não na veterania de Blanc e Desailly no centro da defesa, com Leboeuf pelo mesmo caminho? Também no meio-campo e no ataque se multiplicam dúvidas e nem a afirmação prestada por Lemerre no sentido de que «ninguém será esquecido» é suficiente para tranquilizar os ânimos. A melhor resposta é óbvia: imitar Jacquet e manter a tendência ganhadora.
