Central do Pego: governo garante compensação salarial a todos os trabalhadores "desativados"

23 nov 2021, 19:23
Central do Pego

Sindicato e governo estiveram reunidos nesta terça-feira para avançar com acordos de compensação aos 150 trabalhadores envolvidos. Fonte do sindicato garante que as conversações conheceram avanços

O Governo garantiu hoje numa reunião com os sindicatos que apesar do encerramento da central de carvão do Pego, todos os trabalhadores terão direito a formação e a compensações financeiras que lhes permitam manter o atual nível salarial.

“Houve avanços da parte do Governo” disse à CNN Portugal Luís Santos, representante da Fiequimetal, a federação intersindical da indústria que esteve no encontro com representantes do ministério do Ambiente e do ministério do Trabalho, adiantando que houve o compromisso de que “todos os trabalhadores do Pego [na central a carvão] serão compensados pelos últimos 30 anos de serviço.”

A central, que irá fechar portas no próximo dia 30 de novembro, dará lugar a uma nova fonte de produção de energia renovável. E agora, todos os 150 trabalhadores que ficaram sem emprego estão a ter formações para poderem integrar este novo projeto, garante Luís Santos. Mas nem todos terão lugar no novo projeto, disse.

“Até lá, todos estes trabalhadores – que estão em média a 15/20 anos da idade da reforma – serão compensados pelo governo, que irá assegurar o pagamento da diferença entre o salário que recebiam e o que recebem por estarem presentes na formação”, acrescenta.

Já no fim de semana, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, tinha dito em entrevista à RTP3 que os trabalhadores em causa deveriam ser integrados em novos projetos. José Grácio, gestor da Tejo Energia – empresa que gere o Pego -, tinha proposto ao Governo converter a central num centro de estudos de energias verdes, mantendo todos os postos de trabalho.

A atividade da central terminou no passado dia 20 de novembro, o que representou o fim da produção de energia via carvão em Portugal. Até à data, era o maior centro produtor nacional de energia. Tem potência instalada de 628 megawatts (MW) na central a carvão, e de 800 MW na central a gás, que vai continuar em atividade até 2035, de acordo com o contratualizado.

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