Pós-covid: BCE reforça compra de dívida em 90 mil milhões, mas termina apoio extraordinário

16 dez 2021, 14:03
Christine Lagarde - Banco Central Europeu

Autoridade bancária terminou a reunião de dois dias, em Frankfurt, nesta quinta-feira. Para já, anunciou o término do PEPP e um reforço do APP. Ainda hoje divulga as novas previsões macroeconómicas

O Banco Central Europeu (BCE) já decidiu. A partir de março do próximo ano, o programa de compra de dívida regular será reforçado de forma paulatina e por um período curto de tempo de forma a compensar o término do apoio extraordinário.

Esta flexibilidade surge uma vez que o programa extraordinário criado para atacar os efeitos da pandemia, o PEPP, vai terminar em março do próximo ano. Mas, para a autoridade bancária não deixar de comprar largas quantias de dívida de forma repentina, optou por reforçar o programa de compras de dívida regular, o APP.

O reforço total será de 90 mil milhões de euros, espalhado entre os primeiros seis meses do próximo ano.

"No primeiro trimestre de 2022 (...) irá descontinuar as compras líquidas dentro do PEPP no final de março de 2022", anunciou a instituição liderada por Christine Lagarde, em comunicado. 

Mas "em linha com uma redução gradual na compra de dívida (...) o Quadro de Governadores decidiu uma compra de dívida mensal de 40 mil milhões de euros no segundo trimestre e 30 mil milhões no terceiro trimestre sob o asset purchase program (APP)".

Quanto às taxas de juro, ficarão inalteradas em mínimos históricos. A taxa aplicável às operações de refinanciamento ficará nos 0%, a de facilidade permanente de cedência de liquidez nos 0,25% e a de facilidade de depósitos nos -0,50%. 

O anúncio vai em linha com o que estava a ser equacionado pelos mercados e marca uma diferença para a comunicação feita ontem pela Reserva Federal dos Estados Unidos. O banco central norte-americano confirmou o final do programa de compras de ativos em março, mas anunciou que os juros vão subir pouco depois. Jerome Powell, líder da autoridade, apontou para três aumentos já no próximo ano.  

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