Destino: Europa - Os desafios da vacinação e a última fronteira no combate à Pandemia

16 dez 2021, 13:58

Numa altura em que 40% da população mundial conta com a imunização completa contra a Covid-19, que reflexão poderá ser feita sobre a distribuição das vacinas nas nações africanas? Organização Mundial de Saúde e COVAX garantem que ainda está muito por fazer.

De Copenhaga a Bissau, cruzando Lisboa, assim se encerra um ciclo de doze reportagens, todas concretizadas durante a pandemia. O último episódio, centrado nos esforços de vacinação no mundo, procura também deixar testemunhos de figuras e instituições que têm escrito a história destes tempos.

Da OMS e do seu representante na Europa, chegam-nos palavras de esperança e otimismo. Temos o conhecimento e as ferramentas necessárias para vencer o virus, afirma, mas o discurso mantém-se: usar a máscara e garantir as regras sanitárias continuam a ser essenciais para evitar novos confinamentos.

A breve visita a Lisboa pinta-se com vistas do Tejo. Importa dizer que Portugal se destacou pela forma rápida e eficiente com que vacinou grande parte da sua população. As várias vagas da pandemia colocaram o sistema de saúde à prova mas o país emerge como um exemplo para o Mundo. Ao leme da task-force, Gouveia e Melo, Vice-Almirante tornado herói nacional. Aqui, recorda os vários avanços e recuos do processo de vacinação e devolve ao cidadãos portugueses o mérito de todo este processo.

Na liderança da COVAX, mecanismo de distribuição de vacinas no mundo, outro português. O também ex-primeiro-ministro Durão Barroso recorda que entre a primeira vacina num país desenvolvido e uma vacina num país em vias de desenvolvimento, mediaram apenas 39 dias. É da opinião que a Europa deve estar orgulhosa do trabalho que tem vindo a fazer, não só pelo dever de solidariedade mas também por uma questão de ética e interesse nas relações dos europeus com África.

Chegamos assim à última fronteira no combate à pandemia, onde ainda que as prioridades na área da saúde não sejam objetivamente o combate ao virus SARS-COV-2, é urgente vacinar e reduzir a severidade da doença e o surgimento de novas variantes. Na visita à Guiné-Bissau, país com cerca de dois milhões de habitantes, o desafio maior não são os recursos mas sim a adesão. Questões culturais e desinformação afastam a população guineense dos centros de vacinação, sobretudo as mulheres. Com os militares ao comando do processo e um eficiente Alto Comissariado para a Covid-19, tem sido possível coordenar a resposta nacional e mobilizar parceiros e entidades públicas da área da saúde. Portugal já entregou 200 mil vacinas às autoridades sanitárias da Guiné-Bissau e mantém o compromisso das doações e cooperação no terreno.

“Sintoma” é o sexto e último tema da série de reportagens de Filipe Caetano e Inês Tavares Gonçalves. O décimo segundo episódio tem imagem de Nuno Assunção, Nuno Quá e Miguel Bretiano e edição de imagem de Nelson Costa. Está disponível o podcast associado, onde os jornalistas partilharam os desafios do processo de produção e concretização deste tema e ainda, em jeito de balanço, notas finais sobre um desafiante ano de trabalho em tempos de pandemia . Poderá subscrever e ouvi-lo aqui:

Esta reportagem foi cofinanciada pela União Europeia no âmbito do programa de subvenções do Parlamento Europeu para a área da comunicação. O Parlamento Europeu não esteve envolvido na sua preparação e não deverá ser, em momento nenhum, responsável ou vinculado pelas informações ou opiniões expressas. De acordo com a legislação aplicável, os autores, entrevistados, editores ou emissores do Destino: Europa, são os únicos responsáveis pela reportagem. O Parlamento Europeu também não poderá ser responsabilizado por danos diretos ou indiretos que possam resultar da sua execução.

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