Sp. Braga-Sporting, 2-4 (reportagem)
Declarações de Rúben Amorim, treinador do Sporting, na sala de imprensa do Estádio Municipal de Braga, após o triunfo (2-4) frente ao Sp. Braga naquele que foi o seu último jogo no comando técnico dos leões:
«É difícil resumir neste momento. Foi uma aventura incrível. Sempre pareci ter as certezas todas e saber muito bem o caminho, mas houve fases de muitas dúvidas. Não foi sozinho, muita agente ajudou. Foi um contexto especial quando cheguei, muito difícil, mas especial. O que posso dizer aos Sportinguistas é: obrigado. Fiz o que pude, cometi alguns erros, algumas teimosias, mas sempre a pensar na equipa, que esteve sempre em primeiro lugar. Esta vez foi a única vez em que pensei em mim, mais do que na equipa. Tive de o fazer. Obrigado, desculpem esta decisão. Entendo que este é meu caminho, tenho de estar de corpo e alma. Há que continuar, ainda estamos na 11.ª jornada, na próxima podemos bater o recorde de melhor arranque de sempre».
«O que aconteceu na segunda parte, há coisas que não se explicam. Se calhar entrou em campo o Vitorino [Antunes], o Coates, o Neto e foi especial. Foi muito mais importante que na terça-feira. Toda a gente que passou aqui nestes quatro anos entrou em campo, mas este momento foi inacreditável. Já fui campeão no clube do meu coração, mas o terceiro e o quarto golos foram muito especiais. O João Mário, o Matheus Nunes, toda a gente entrou dentro do campo e todos juntos ganhámos o jogo na minha despedida. Tinha de ser assim».
«É difícil dizer alguma coisa agora. Isto é mais do que resultados, houve treinadores a a ganhar mais do que eu, queria uma ligação diferente, sei que quando acabei a carreira de jogador tinha a mulher, filhos, alguns amigos e poucos mais. Desaparece tudo muito rápido. A ligação com as pessoas fica mais marcado do que os resultados, é um momento marcante, mais do que ganhar títulos, é sinal de que fiz alguma coisa bem».