FC Porto-Benfica, 2-1 (destaques dos dragões)

10 mai 2014, 19:52
FC Porto-Benfica

Ricardo e Mikel para o futuro

A Figura: Ricardo

Entrou a marcar e arrancou para a sua melhor exibição com a camisola do FC Porto. Curiosamente, falhou a primeira oportunidade, atirando ao lado. À segunda, rodou no limite da área e atirou cruzado. Segundo golo pela equipa principal dos dragões. Ricardo empolgou-se e fez um jogo a altas rotações, destacando-se no apoio defensivo. Aliás, fica a dúvida: sem grande manancial técnico e com um pulmão enorme, o seu futuro pode mesmo passar pelo flanco defensivo. O direito, claro.

Positivo: Mikel

Boa exibição do jovem trinco nigeriano. Cresceu de produção na etapa complementar do encontro e demonstrou ser uma alternativa interesse para aquela posição. Ao estilo de Fernando, não é um virtuoso mas tem uma assinalável capacidade de desarme. Os adeptos gostaram.

Negativo: Diego Reyes

Um dia após a sua convocatória para o Mundial de 2014, os adeptos do FC Porto voltaram a ser assombrados por dúvidas em torno do real valor deste jovem central mexicano. Disparate tremendo a permitir a igualdade do Benfica, sem que o adversário justificasse o golo. Após corte soberbo de Maicon, facilitou perante Ivan Cavaleiro e fez ainda pior logo depois: um carrinho em desespero, dentro da área. Se fosse a primeira vez, teria atenuantes. Mas não. Reyes tinha cometido outra grande penalidade sobre o mesmo Salvio no Estádio da Luz, para a Taça de Portugal. Dentro da área, o carrinho deve ser solução de recurso e apenas com elevada probabilidade de sucesso. Enquanto não corrigir falhas como esta, será difícil para o mexicano justificar o avultado investimento.

Outros destaques:


Jackson Martínez

Sofreu um castigo máximo e assumiu a responsabilidade de converter a grande penalidade. Bateu Paulo Lopes, chegando ao seu 20º golo na Liga 2013/14. A confirmação chegará apenas no domingo mas será praticamente impossível a perda do título de melhor marcador da prova pelo segundo ano consecutivo, algo que apenas Fernando Gomes e Mário Jardel conseguiram. Mesmo sem atingir o nível exibicional do passado, Jackson é uma mais-valia no futebol português. Até quando?

Herrera

Termina a época em crescendo, ao contrário de grande parte dos seus companheiros de equipa. Frente ao Benfica, voltou a assumir a responsabilidade de provocar desequilíbrios no apoio ao setor ofensivo e cumpriu a sua missão. Continua, de qualquer forma, a tomar algumas decisões erradas. Ainda assim, desempenho positivo. Saiu para dar o lugar a Quintero, com uma hora de jogo.

Danilo

Não fez uma boa temporada, longe disso, mas encarou o clássico com a determinação pedida pelos adeptos e contribuiu para os problemas causados pelo flanco direito na fase inicial do encontro. O primeiro golo surgiu por ali, aliás. Danilo a um nível pouco visto ao longo da época.

Quaresma

Não termina a época na forma evidenciada nas primeiras semanas. Neste clássico, assumiu o risco como sempre mas pouco ou nada lhe saiu bem. Foi dele o cruzamento que esteve na origem da grande penalidade cometida por André Almeida sobre Jackson Martínez mas isso não chega. 

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