Costa considerava Hugo Mendes “inepto para qualquer função executiva”. Agora está “furioso” com Pedro Nuno Santos

CNN Portugal , DCT
10 abr 2023, 15:51
Pedro Nuno Santos e António Costa. Manuel Farinha/LUSA

O ditado popular diz “zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades”, mas, neste caso, a verdade sobre a TAP está a destruir uma amizade de peso no Partido Socialista. Próximos do Executivo de António Costa dizem que o primeiro-ministro está “furioso” com Pedro Nuno Santos

Fontes próximas do Governo de António Costa dizem que o primeiro-ministro está “furioso” com Pedro Nuno Santos, que, semanas depois de se ter demitido à boleia da polémica indemnização de Alexandra Reis, continua a causar mossas no Executivo, sobretudo agora em que se tornou público um (também polémico) e-mail trocado entre o seu secretário de Estado Hugo Mendes e a CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener.

O próprio primeiro-ministro classificou, esta manhã, o e-mail como “gravíssimo” e “inadmissível”, afirmando que se tivesse tido conhecimento, à data, do sucedido, que teria pedido a Pedro Nuno Santos que demitisse o seu secretário de Estado.

Ao Observador, uma fonte do Governo diz que “agora que é evidente a escolha desastrosa de Pedro Nuno Santos” para a pasta das Infraestruturas, que é agora assumida por João Galamba. Dentro do Governo, diz o jornal, é a Pedro Nuno Santos que se aponta o dedo e há quem diga que António Costa tentou mesmo “dissuadir insistentemente” o antigo ministro a nomear Hugo Mendes como secretário de Estado, considerando-o “inepto para qualquer função executiva”, sendo Jorge Delgado o preferido de Costa para o cargo, mas que, entretanto, passou para o ministério do Ambiente.

Após dizer que é agora óbvia a “escolha desastrosa” do antigo ministro, dentro do Governo diz-se que Pedro Nuno Santos “está desaparecido em combate deixando o Governo exposto à crítica generalizada” e que esta “gota de água” não irá fazer o primeiro-ministro mudar de opinião: “não há mais ‘perdoa-me’ que comova Costa”.

De acordo com o Observador, havia já alguns pontos de “divergência” entre os dois governantes, sendo o estilo de relacionamento com empresas um deles, sendo que o e-mail agora público “ultrapassa tudo o que é imaginável”.

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