Avançado ex-Dundee deu primeira vitória ao Marítimo Começou no «banco», mas foi ele quem, a poucos minutos do fim, marcou o único golo da partida frente ao Gil Vicente. Português, ponta-de-lança, deixa claro que não está na Madeira para substituir o argentino Toedtli.
Nelo Vingada apostou em Quim para complicar a vida à defensiva do Gil Vicente. Estavam decorridos 60 minutos da partida, quando o gigante entrou. E a sorte sorriu ao avançado. Vinte e um minutos depois apontou o único golo do jogo, que valeu a conquista de três pontos para a sua equipa.
Não foi fácil chegar ao triunfo perante um Gil Vicente muito batalhador e bem organizado defensivamente, num campo impróprio para consumo. Do banco surgiu a chave para abrir a porta da baliza de Barcelos. «Foi uma boa sensação», afirmou Quim sorrindo, depois de um bem merecido duche. E prosseguindo: «Foi o primeiro golo pelo Marítimo e logo deu a vitória do clube». Agora, os níveis de confiança aumentaram: «Quando se marca um golo é lógico que a confiança aumenta. Até na própria equipa reflecte este aumento.»
A bola está em Nelo Vingada
O golo obtido não lhe confere logo um lugar no onze titular. E Quim está consciente de tal facto. «Acho que este golo dá-me acima de tudo confiança para trabalhar mais e melhor», disse. Depois, a bola está em Nelo Vingada: «A decisão de jogar ou não cabe ao treinador. Se achar que sou a melhor opção, fico contente e jogarei. Se tal não acontecer terei de trabalhar mais para merecer a sua confiança.»
Já na sua passagem pela Escócia, no Dundee United, o avançado também saltou muitas vezes do banco para o jogo, sendo a solução para furar as defensivas adversárias.
«Não posso dizer que seja uma táctica especial», afirmou sorrindo. Mas é evidente que entro mais fresco e como tal posso complicar mais a tarefa dos defesas». Quanto à cabeçada que valeu a vitória: «Tive sorte, mas também a procurei. O mais importante são os três pontos que o Marítimo conquistou.», referiu.
Sem o "fantasma" Toedtli
O facto de ser visto muitas vezes como o avançado que veio substituir Toedtli, não coloca qualquer pressão sobre Quim. «Quando aceitei o convite para vir para a Madeira, fi-lo sem qualquer pressão para substituir alguém, até porque as comparações são impossíveis», afirmou.
Como reza a tradição futebolística, o que custa é marcar o primeiro. Quim quer continuar a jogar e acredita que o entendimento com os colegas vai melhorar. «Temos bons jogadores, num plantel equilibrado. Ainda não estamos na melhor forma como é evidente, pois estamos no início de época», afirmou. No entanto: «A equipa vai melhorar jogo após jogo, pois o conhecimento entre os jogadores vai aumentando. Assim, vão surgir as vitórias desejadas.»
Golo, golo, golo...
Em termos individuais, o avançado verde-rubro não traçou grandes metas. «Quero fazer o maior número de golos possíveis, ajudando sempre o colectivo a produzir bom futebol», disse. E explica o seu pensamento: «Se a equipa jogar bem, também é mais fácil obter golos.»
Golo é palavra-chave no seu discurso. «Jogar futebol e marcar golos é o que mais gosto de fazer. Ninguém gosta de ficar no banco, pois aí não se pode marcar.» Quanto à Madeira, Quim está «a viver uma boa experiência, bem apoiado pelos colegas da equipa», não se mostrando arrependido deste regresso aos relvados nacionais.
