Bobby Moore, que padece de atrofia muscular espinhal, entrou ao lado do português no dérbi de Manchester
O fascínio do pequeno Bobby Moore pelo futebol, pelo Manchester United e pelo talento de Bruno Fernandes estão na base de uma história emotiva vinda da Premier League, com o dérbi de Manchester do passado dia 6 de abril como pano de fundo.
Aos sete anos, Bobby padece de atrofia muscular espinhal, uma doença degenerativa que enfraquece os músculos do seu corpo e que o obriga a deslocar-se numa cadeira de rodas.
Adepto fervoroso do Manchester United, o jovem, natural de Belfast, capital da Irlanda do Norte, decidiu escrever uma carta ao capitão dos Red Devils, Bruno Fernandes, depois de uma interação entre ambos nas redes sociais.
«Querido Bruno Fernandes, chamo-me Bobby. Tenho sete anos e adoro futebol. Vejo todos os jogos com o meu pai. O Manchester United é o melhor clube de sempre. Adoro cantar durante os jogos e a minha canção favorita é: “Bruno! Bruno!”. Canto-a tão alto que toda a Belfast consegue ouvir. Fiquei muito feliz por teres respondido ao meu vídeo do dérbi de Manchester. És o meu jogador preferido porque marcas golos incríveis», escreveu o jovem adepto.
«Dou o meu melhor, Bobby», responde o internacional português no vídeo produzido pela Premier League que retrata a visita do pequeno Bobby ao centro de treinos do clube, em Carrington, onde participou numa sessão de futebol em cadeira de rodas e recebeu uma camisola autografada por todos elementos do staff do United, com Ruben Amorim a iniciar o rol de autógrafos.
A surpresa foi ainda maior para Bobby quando Bruno Fernandes lhe explicou que iria entrar em campo ao seu lado, em pleno Old Trafford, antes do pontapé de saída no dérbi com o Manchester City, tornando-se na primeira pessoa a entrar com a equipa numa cadeira de rodas.
No final do jogo, que terminou empatado a zero, Bruno Fernandes entregou a sua camisola a Bobby, que retribuiu o gesto oferecendo-lhe um postal. «Sonhei ser futebolista por momentos como este», confessou o internacional português. Afinal, o futebol ainda nos consegue emocionar.