Mundial 2026: Arménia-Portugal, 0-5 (crónica)

6 set, 18:56

De Riade a Yerevan, sociedade Ronaldo-Félix é rendimento garantido

Não era para ter sido competitivo? Na Arménia, onde só tinha vencido por uma vez, e pela margem mínima, Portugal passeou a sua superioridade num jogo que se tornou numa ode de saudade a Diogo Jota. Até houve um golo para celebrar ao minuto 21, o número da camisola que o avançado habitualmente vestia na Seleção. Simbólico. Eterno.

Bem perto do monte Ararat, onde se acredita que a Arca de Noé atracou após o dilúvio bíblico, a nau portuguesa zarpou a todo o gás tendo como destino final o continente americano, onde se jogará a fase final do Mundial.

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Roberto Martínez tinha avisado para um jogo competitivo, aludindo ao histórico de Portugal na Arménia, mas aquela já não é a Seleção de Mkhitaryan, enquanto do outro lado continua a haver Cristiano Ronaldo, agora na companhia de craques como Vitinha, João Neves, Nuno Mendes ou João Félix.

Por falar nele, apetece perguntar: por onde andou este Félix nos últimos tempos? Rejuvenescido, metido no jogo, trouxe de Riade a ligação mortífera com Cristiano Ronaldo, com os dois jogadores do Al Nassr a apontarem os primeiros dois golos do jogo.

O segundo, de Ronaldo, que era até hoje o único português a marcar na Arménia, surgiu ao minuto 21, ao mesmo tempo que o estádio lembrava Diogo Jota. E no 3-0, ao minuto 33, João Cancelo imitou a celebração que se tornou na imagem de marca de Jota. Sempre Jota.

Portugal fechou a primeira parte com 75 por cento de posse de bola, o triplo dos passes (365 contra 124) e 10 remates efetuados, contra apenas um da Arménia. Só de pensar que era para ter sido competitivo…

A segunda parte foi a continuidade de tudo isto. Ronaldo bisou logo a abrir, com um remate de longe, ficou perto do hat-trick e assistiu João Neves para um golo cantado, mas o médio do PSG acertou no poste. Tudo isto nos cinco minutos iniciais da etapa complementar.

O 5-0 acabaria mesmo por surgir, numa finalização que mistura felicidade com o talento de João Félix, que bisou pela primeira vez pela Seleção principal. E um sorriso de regresso ao seu rosto.

Na terça-feira, há mais. Agora em Budapeste, frente a uma Hungria que deixa adivinhar outro tipo de dificuldades para Portugal. Mas com este cartão de visita, não serão os portugueses os mais preocupados com o adversário nesta altura…

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