«Não acho admissível que a FPF e o Comité Olímpico estejam de costas voltadas»

10 abr, 18:01

Pedro Duarte, ministro dos Assuntos Parlamentares, após a reunião com Pedro Proença

No fim da primeira reunião oficial com Pedro Proença, o novo presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Duarte, ministro dos Assuntos Parlamentares, sublinhou que, «havendo vontade, é fácil virar» a página no futebol português, depois da polémica entre Proença e Fernando Gomes, entretanto eleito presidente do Comité Olímpico de Portugal, que deixou o país sem um representante no Comité Executivo da UEFA.

«É evidente que todos preferíamos que Portugal tivesse um representante na Comissão Executiva da UEFA, mas vale a pena também referir que a robustez, a reputação, as provas dadas e aquilo que é, hoje em dia, o desempenho do futebol português em geral dão-nos garantias de que, mesmo não tendo conseguido essa função, não vamos em nada ser prejudicados naquilo que são os objetivos que temos pela frente, e em particular os objetivos que a própria Federação Portuguesa de Futebol tem», salientou o governante, lembrando que, «felizmente, no nosso país o movimento associativo é autónomo», pelo que «não é suposto o Governo intervir» em assuntos relacionados com ele.

Porém, «do ponto de vista pedagógico, o Governo tentará fazer com que haja este sentido de responsabilidade e maturidade cívica, de percebermos que, independentemente de questões mais pessoais que possam ocorrer, o mais importante é o futebol português e o país», acrescentou.

«O que nos interessa são as relações institucionais e aí não acho que seja admissível que a Federação Portuguesa de Futebol e o Comité Olímpico, ou vice-versa, estejam de costas voltadas. Pareceu-me, da reunião de hoje, que não é essa a vontade. Fico muito feliz com isso», salientou Pedro Duarte, que registou ainda «a atitude e a postura positiva da parte do presidente da Federação Portuguesa de Futebol no sentido de podermos virar a página».

Apesar de ainda não ter reunido formalmente com o novo líder do Comité Olímpico de Portugal, Fernando Gomes, o governante garantiu que «o contacto tem sido permanente» entre as duas instituições. «Estive na tomada de posse do Comité Olímpico de Portugal e tenho tido esse cuidado de ter uma proximidade, até pessoal, seja com o presidente do Comité Olímpico, seja com presidentes das mais variadas federações, incluindo o da Federação Portuguesa de Futebol. Não faltarão oportunidades para, proativamente, tentarmos ajudar a que, todos, nos foquemos no mais importante: o futebol português e o desporto nacional», concluiu.

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