Clube da Margem Sul denuncia ainda um balneário com «condições degradantes» e uma arbitragem «para esquecer»
O Racing Power, equipa feminina da Margem Sul, anunciou este domingo, através de um comunicado divulgado nas redes sociais, que defrontou o Marítimo, na ronda inaugural da liga feminina, sob protesto, devido às condições «degradantes» que encontrou no Campo da Imaculada Conceição, no Funchal.
O jogo, realizado no sábado, terminou com um empate 1-1, mas foi este domingo que o Racing Power denunciou as «condições degradantes» que encontrou na Madeira, denunciando um «relvado co lombas e erupções, «balizas sem as dimensões legais», além de uma arbitragem «para esquecer» de Catarina Campos
«O Racing Power FC informa que disputou sob protesto o seu primeiro jogo deste campeonato da época 2024/2025, realizado em casa do Marítimo, no Campo da Imaculada Conceição, no Funchal. Um balneário que não é condizente com a prática de futebol profissional nem dignifica o desporto; o relvado impróprio para a prática de futebol, com lombas e erupções colocando em causa a integridade das jogadoras; e, como se não bastasse, as balizas apresentavam menos cinco centímetros de altura em relação ao normal», começa por aponta o clube da margem sul.
Nuno Painço, presidente do Racing, explica, depois, porque é que a sua equipa aceitou ir a jogo. «É incompreensível aquilo que encontrámos neste estádio, desde os balneários ao terreno de jogo. Até as balizas eram mais pequenas. Só aceitámos disputar o jogo nestas condições, porque em caso de adiamento teríamos de pernoitar na Madeira e não conseguíamos no imediato nem alojamento nem alterar o voo de regresso. Por isso, informámos que iríamos jogar, mas sob protesto, devidamente comunicado às instâncias oficiais presentes», sublinhou o dirigente que aponta o dedo ainda à arbitragem.
«Gastam-se milhares de euros no VAR e como se percebeu neste jogo da primeira jornada, este instrumento de nada serve. Esse dinheiro devia ser canalizado para outras prioridades, como por exemplo modernizar relvados e instalações dos clubes», destaca ainda Nuno Painço.
Por sua vez, fonte da FPF desmente que o Racing Power tenha jogado sob protesto nem apresentou qualquer protesto no prazo regulamentar previsto para o efeito. Desta forma, o resultado do jogo não está em causa.
Já o Conselho de Arbitragem apresentou queixa formal ao Conselho de Disciplina e fonte do órgão considera «inadmissíveis e inaceitáveis os comentários e as observações insertas no comunicado» do Racing Power.
[notícia originalmente escrita às 21h37 e atualizada às 22h34]