Cuidar até ao fim

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11 fev 2023, 00:00

Cuidados Paliativos no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte, apoiados pela Fundação “la Caixa”.

O escasso acesso aos Cuidados Paliativos continua a representar um dos maiores problemas para os cuidados de saúde, dificultando respostas adequadas e essenciais a milhares de doentes e suas famílias. Em Portugal, 90% das mortes ocorrem em contexto de doença crónica e avançada, sendo evidente a necessidade destes cuidados especializados.
O Programa de Apoio Integral a Pessoas com Doenças Avançadas da Fundação “la Caixa", Programa Humaniza, uma iniciativa em estreita colaboração com o Ministério da Saúde, surge para colmatar estas necessidades. Os esforços neste que é o Programa que pretende complementar e reforçar a acção dos serviços públicos de saúde na prestação de Cuidados Paliativos resultam num apoio a 19.587 doentes e no acompanhamento a 24.115 familiares entre os anos 2018 e 2022. 

A missão deste Programa consiste na implementação de um modelo de intervenção por Equipas de Apoio Psicossocial (EAPS), profissionais especificamente treinados e experientes na assistência em fim de vida integrados em equipas de Cuidados Paliativos, distribuídas em várias regiões do país. O intuito, é contribuir no apoio nas várias dimensões da pessoa especialmente nas áreas psicológica, social e espiritual de forma a ajudar os doentes a viverem até ao último instante pacificamente. A par do apoio especializado prestado aos doentes, está o apoio às famílias tanto no processo da doença, como na fase do luto.

O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte (CHULN) desenvolve a sua ação ao abrigo do Programa desde Janeiro de 2019. “O Programa de Apoio Integral a pessoas com doenças avançadas da Fundação la Caixa- Programa Humaniza, possibilitou complementar o apoio já existente na área do Serviço Social e da Psicologia a diferentes serviços com Protocolos de Cooperação com a EAPS”.  Alexandra Ramos Cortês - Diretora da EAPS do CHULN.

Trata-se de uma equipa especialmente interessada na intervenção de grupo, que atua em colaboração com equipas especializadas em Cuidados Paliativos, assumindo funções complementares às já exercidas num dos maiores hospitais do país. “O principal objetivo foi alargar o apoio social, psicológico e espiritual especializado a pessoas com doenças crónicas avançadas e suas famílias, durante o processo de doença e luto. Valorizamos a pessoa de forma integral, ou seja, como um todo, numa perspetiva única, humanizada e diferenciada.” Joana Pereira Gonçalves - Assistente Social da EAPS do CHULN.

Estima-se que cerca de 50% das pessoas com doença avançada precisam de intervenção psicossocial e espiritual específica e que entre 10 a 20% dos cuidadores apresentam complicações no processo de evolução da doença e no luto. A estreita ligação da equipa com os serviços permite uma abordagem diferenciada. “Não controlamos o percurso que a doença faz, mas apoiamos para que esse caminho seja mais sereno e confortável para todos os envolvidos. Garantimos este apoio de forma continuada e alargada, a nível individual, em grupo e também a profissionais.” Ana Rita Massapina - Assistente Social da EAPS do CHULN.

Quem trabalha nesta área conhece bem a diferença que os Cuidados Paliativos trazem a uma vida marcada pelo sofrimento provocado por doenças graves. Mitigar a dor através de cuidados holísticos que procuram melhorar a qualidade de vida dos doentes é o desafio diário prestado por uma equipa interdisciplinar que se baseia em princípios éticos e de planeamento de cuidados, pelo que não antecipam nem prolongam o processo de morte. “O que nos diferencia enquanto equipa é uma visão de cuidados integrados e partilhados, promovendo a qualidade de vida e diminuição do sofrimento. Cuidamos a vida até ao último instante.” Daniela Cardoso - Psicóloga da EAPS do CHULN.

Desde o início da integração da Equipa de Apoio Integral a Pessoas com Doenças Avançadas no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, mais de 2.500 doentes, e mais de 2.000 familiares foram acompanhados. Este projeto é apenas uma das vertentes do Programa de Apoio Integral a Pessoas com Doenças Avançadas (Programa Humaniza), criado a pensar nas pessoas quando confrontadas com uma doença avançada, progressiva e incurável que limita a sua esperança de vida, num país onde a cobertura dos cuidados paliativos continua a ser insuficiente.

O Programa Humaniza

Criado em Espanha, o Programa de Apoio Integral a pessoas com doenças avançadas da Fundação la Caixa - Programa Humaniza chegou a Portugal em 2018. Com ele, a Fundação “la Caixa” em colaboração com o BPI, pretende reforçar o apoio integral a pessoas com doenças avançadas e aos seus familiares, de modo a tornar os cuidados paliativos um exemplo de apoio humanizado na saúde e sociedade portuguesa. Este programa está alinhado com as iniciativas do Ministério da Saúde para a área dos cuidados paliativos, adaptando-se, assim, às necessidades portuguesas nesta área.
O Programa de Apoio Integral a Pessoas com Doenças Avançadas- Programa Humaniza complementa não só o trabalho das equipas de cuidados paliativos, como também o apoio à qualificação profissional de médicos e de enfermeiros em cuidados paliativos. Além destes profissionais, o Programa oferece também suporte a associações que pretendam implementar projectos de sensibilização e promoção de apoio no processo de doença avançada e de luto.

Balanço

Desde a sua implementação em Portugal, o Programa de Apoio Integral a Pessoas com Doenças Avançadas - Programa Humaniza apoia 16 equipas com quase uma centena de profissionais. 11 são Equipas de Apoio Psicossocial e cinco são Equipas Comunitárias de Suporte em Cuidados Paliativos. Desde Outubro de 2018, mais de 43.702 pessoas foram apoiadas: 19.587 doentes e 24.115 familiares. O Programa conta ainda com outras iniciativas, como o apoio à qualificação de especialistas em Cuidados Paliativos, nomeadamente médicos e enfermeiros.  Além destes profissionais, o Programa apoia associações no desenvolvimento de projetos de sensibilização e intervenção comunitária no âmbito dos Cuidados Paliativos. 
 

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