Foi ainda anunciada uma manifestação para 27 de outubro em frente à Assembleia da República. Dia em que se vai estar a discutir o Orçamento do Estado na generalidade
A Frente Comum anunciou, este sábado, uma greve nacional para o dia 18 de novembro. A informação foi avançada pelo coordenador Sebastião Santana numa conferência de imprensa esta manhã, em Lisboa.
"Perante o não assumir de compromissos objetivos que ajudem a minimizar a perda de 2022 (...) a Frente comum decidiu convocar um plenário nacional para o dia 27 de outubro, às 11:00, em frente à Assembleia da República (...) e decidimos também convocar uma greve nacional dos trabalhadores da administração pública para dia 18 de novembro", afirmou.
Sebastião Santana defendeu que o Governo "tem todas as condições financeiras, orçamentais e de tempo" para resolver o problema do empobrecimento da função pública e criticou as medidas acordadas em concertação social.
"O Governo entrou com a mesma proposta salarial com que saiu, a única evolução que se verificou foi no subsídio de alimentação e de uma maneira absolutamente insignificante: 43 cêntimos de aumento, é disto que estamos a falar. E perante um quadro em que se prevê uma inflação perto dos 8%, aquilo que o Governo propõe para os trabalhadores da administração pública é um aumento salarial de 3,3% em média, ou seja, é uma proposta de empobrecimento."
Questionado sobre se é possível reverter a situação até à votação final global do Orçamento do Estado para 2023 - agendada para 25 de novembro - o dirigente da Intersindical respondeu: "possível eu não duvido que seja, é preciso é o Governo ter vontade política para o fazer".
Os trabalhadores da administração pública apresentaram uma proposta reivindicativa de aumento salarial de 10%, com um mínimo de 100 euros. Consideram que este aumento permitiria "não haver perda de poder de compra e alguma recuperação em relação àquele que se vem perdendo já desde 2009".