Primeiro-ministro cancelou assim o debate preparatório do Conselho Europeu no Parlamento, bem como os plenários desta quarta e quinta-feira, bem como a viagem desta quarta-feira para Bruxelas
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, cancelou esta quarta-feira toda a agenda prevista até ao final das cerimónias fúnebres de Francisco Pinto Balsemão, que decorrem até quinta-feira, pela hora de almoço.
Francisco Pinto Balsemão, antigo líder do PSD, ex-primeiro-ministro e fundador do Expresso e da SIC, morreu na terça-feira, aos 88 anos.
“O primeiro-ministro, Luís Montenegro, cancelou toda a agenda até ao final das cerimónias fúnebres de Francisco Pinto Balsemão”, refere a nota, ficando em aberto se o chefe do Governo ainda poderá participar em parte do Conselho Europeu que se realiza em Bruxelas na quinta e sexta-feira.
O velório de Francisco Pinto Balsemão realiza-se esta quarta-feira a partir das 18:30 em Lisboa, no Mosteiro dos Jerónimos, e a missa decorre no mesmo local às 13:00 de quinta-feira, sendo a celebração presidida pelo cardeal patriarca de Lisboa emérito, D. Manuel Clemente.
O velório e a missa são abertos ao público, sendo o funeral reservado à família.
Luís Montenegro tinha inicialmente previsto na agenda desta quarta-feira o debate preparatório do Conselho Europeu na Assembleia da República, que também foi cancelado, tal como todo o plenário desta quarta e quinta-feira.
O primeiro-ministro cancelou também a viagem desta quarta-feira para Bruxelas, na qual participaria no jantar informal com o Presidente do Egito por ocasião da Cimeira UE-Egito.
O Governo decretou luto nacional para esta quarta e quinta-feira, dias em que decorrem as cerimónias fúnebres.
Balsemão foi fundador, em 1973, do semanário o Expresso, ainda durante a ditadura, da SIC, primeira televisão privada em Portugal, em 1992, e do grupo de comunicação social Impresa.
Em 1974, após o 25 de Abril, fundou, com Francisco Sá Carneiro e Magalhães Mota, o Partido Popular Democrático (PPD), mais tarde Partido Social Democrata PSD. Chefiou dois governos depois da morte de Sá Carneiro, entre 1981 e 1983, e foi até à sua morte membro do Conselho de Estado, órgão de consulta do Presidente da República.