Associated Press recomenda que não se escreva "os franceses". E depois das críticas e das piadas, a explicação

CNN Portugal , DCT
27 jan 2023, 19:19
França (AP Photo/Olivier Matthys)

Agência de notícias partilhou no Twitter algumas recomendações do seu livro de estilo, mas a inclusão dos franceses não foi bem explicada ou aceite

“Recomendamos evitar 'os' rótulos gerais e muitas vezes desumanizantes, como os pobres, os doentes mentais, os franceses, os deficientes, os com formação universitária.” O tweet da página do Livro de Estilo da Associated Press parecia claro e inofensivo, mas, para muitos, esteve longe disso.

A inclusão de “os franceses” fez a agência de notícias norte-americana apagar a publicação do Twitter após uma série de críticas, algumas acesas, outras mais em tom de brincadeira, como fez a comediante e argumentista Jen Kirkman. “Podemos continuar a dizer 'Le French’?

A jornalista do Lansing State Journal Krystal Nurse foi mais longe e brincou que “os franceses não caem sem uma luta”.

A própria embaixada da França nos Estados Unidos decidiu alinhar na brincadeira.

“Então, pessoas que são francesas? Isso parece mal feito”, questionou Edward Luce, editor do Financial Times. “Pessoas que vivem o francesismo”, atirou o jornalista Ben Collins, em resposta ao tweet da agência.

“Excluímos o tweet anterior por causa de uma referência inadequada aos franceses. Não tivemos a intenção de ofender. Escrever para franceses, cidadãos franceses, etc, é bom. Mas ‘os’ termos para qualquer povo podem soar desumanos e implicar um monólito em vez de diversos indivíduos”, justificou a Associated Press.

E continuou: “É por isso que recomendamos evitar rótulos gerais de “os” como os pobres, os doentes mentais, os ricos, os deficientes, os com formação universitária.”

A agência diz que em vez desses rótulos gerais devem usar-se “palavras como pessoas com doenças mentais ou pessoas ricas". "Use essas descrições somente quando for claramente relevante e essa relevância for esclarecida na história. Seja específico quando possível e relevante, como pessoas com rendimentos abaixo da linha da pobreza.”

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