Protestos de volta às ruas de Paris. Governo responde: “Se pensam que é à força que se ganham causas, então não há mais democracia. Aí é a lei da força que prevalece”

6 abr 2023, 16:26

Há polícias feridos após os confrontos com mais de 400 mil franceses nas ruas da capital

Transportes, professores, recolha do lixo… esta quinta-feira foi dia de nova paralisação geral em França, com quase um milhão de pessoas nas ruas a fazerem ver o governo que não pretendem recuar nos protestos contra o aumento da idade da reforma de 62 para 64 anos.

Em Paris, e em pleno bairro de Montparnasse, manifestantes e polícia envolveram-se em violentos confrontos, numa altura em que o governo parece continuar irredutível nas negociações com os sindicatos. O café onde Macron festejou a vitória nas eleições foi incendiado.

Para responder às centenas de milhares de pessoas o ministro do Interior destacou 11 mil homens da polícia e da guarda republicana. Muitos deles patrulharam as ruas de Paris, e alguns ficaram feridos após os confrontos com mais de 400 mil pessoas, de acordo com as autoridades.

“Estão em jogo as instituições da república. A polícia é um baluarte contra os ataques aos locais democráticos”, afirmou o ministro do Interior, Gérald Darmanin, que pediu “conversa” e não “luta pelos direitos".

“Se pensam que é à força que se ganham causas, então não há mais república, não há mais democracia. Aí é a lei da força que prevalece”, acrescentou o responsável.

Em Montparnasse, e segundo as autoridades, citadas pela imprensa francesa, estiveram presentes “várias centenas” de manifestantes extremistas. Um dos pontos principais foi o café La Rotonde, que em 2017 serviu de local de comemoração da vitória presidencial de Emmanuel Macron, e que chegou mesmo a ter um foco de incêndio na esplanada.

 

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