Primeiro-ministro francês apresenta demissão a Emmanuel Macron

António Guimarães , Atualizada às 17:57
16 mai 2022, 16:57
Jean Castex nomeado primeiro-ministro francês

Elisabeth Borne é a senhora que se segue: em cinco anos foi ministra de três pastas diferentes

O primeiro-ministro francês entregou esta segunda-feira a sua demissão ao presidente Emmanuel Macron. Jean Castex sai assim de cena, abrindo espaço para que uma mulher possa assumir o cargo pela segunda vez na história, e a primeira em 30 anos.

É que, após ser reeleito, Emmanuel Macron sublinhou que estava à procura de um chefe de governo com políticas viradas para o ambiente e para a componente social.

A escolhida para o cargo acabou por ser Elisabeth Borne, até então ministra do Trabalho. É a primeira vez em 30 anos que uma mulher assume o cargo, depois de Édith Cresson ter chefiado o governo entre 1991 e 1992, depois de escolhida por François Mitterrand.

Depois de vários anos como membro do Partido Socialista francês, Elisabeth Borne juntou-se a Emmanuel Macron a partir de 2017, tendo entrado para o governo no mesmo ano, com a pasta dos Transportes. Durou dois anos no cargo, antes de se assumir como ministra da Transição Ecológica e Inclusiva. Está desde julho de 2020 no Ministério do Trabalho, Emprego e Integração.

O objetivo passa por refrescar um governo ameaçado pelo crescimento dos extremos. É que as votações de Marine Le Pen e de Jean-Luc Mélenchon nas presidenciais mostraram que grande parte dos franceses vive descontente.

A maior ameaça é mesmo o esquerdista, que está apostado em juntar toda a esquerda nas eleições legislativas que aí vêm. Mélenchon foi precisamente um dos primeiros a reagir à demissão de Jean Castex. Através do Twitter, e reforçando o seu desejo de formar governo, o poítico disse que "ninguém quer o cargo".

"É um trabalho temporário", afirmou o candidato às legislativas, dizendo mesmo que estão a escolher o seu antecessor.

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