Governo optou por uma solução temporária para evitar falhas na resposta urgente
A partir de 1 de julho, o transporte de emergência médica em Portugal será assegurado pela Força Aérea Portuguesa, numa solução encontrada pelos Ministérios da Saúde e da Defesa Nacional para colmatar a ausência de dois helicópteros do INEM. A informação foi avançada em comunicado pelo ministério da Defesa Nacional.
A medida surge enquanto se aguarda o visto do Tribunal de Contas ao contrato do Concurso Público Internacional para a contratação do novo Serviço de Helicópteros de Emergência Médica (SHEM), adjudicado em março à empresa Gulf Med Aviation Services. Só após essa validação legal será possível avançar com a operacionalização do novo serviço em condições de segurança total.
O concurso, lançado em novembro de 2024, visa garantir uma resposta mais eficaz e permanente nas emergências médicas aéreas. No entanto, face à demora no processo de validação, o Governo optou por uma solução temporária, garantindo que nenhuma região do país fique desprovida deste tipo de resposta urgente.
Na passada sexta-feira, a CNN Portugal noticiou que, a partir de 1 de julho, o dispositivo de helicópteros de emergência médica ficaria reduzido a metade, segundo fontes autorizadas do Estado. Só as bases de Macedo de Cavaleiros e Loulé ficariam ativas, passando as de Viseu e Évora a uma situação de inoperacionalidade por prazo indeterminado. Uma semana, para o terceiro aparelho, e duas, para ambos, seriam os prazos mais favoráveis na previsão das nossas fontes.
O INEM tentou, numa consulta ao mercado com data de 6 de junho, com prazo de resposta a 11 de junho, evitar este resultado. Nesse documento, a que a CNN Portugal teve acesso, admitia precisar de helicópteros de recurso entre dois e quatro meses.