FMI mais pessimista que Governo prevê crescimento de 1,9% em 2025 e 2,1% em 2026

Agência Lusa , MP
14 out, 14:15
Sede do FMI

Ambas as estimativas ficam aquém das previsões no Orçamento do Estado para 2026, que visa o crescimento do PIB em 2% neste ano

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia portuguesa vai crescer 1,9% este ano e 2,1% no próximo, mais pessimista que o Governo, que no Orçamento do Estado aponta para crescimentos de 2% e 2,3%.

Segundo o World Economic Outlook divulgado hoje, o FMI reviu em baixa as estimativas do crescimento para este ano, face aos 2% apontados em abril, enquanto a projeção para 2026 é revista em alta de 1,7% para 2,1%.

Ambas as estimativas ficam abaixo do estimado no Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), onde o Governo PSD/CDS-PP prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 2% neste ano e 2,3% em 2026.

O FMI tem também previsões para a inflação, que aponta que seja de 2,2% este ano e 2,1% em 2026.

Já para o desemprego, a instituição estima que a taxa em Portugal se fixe nos 6,4% este ano e 6,3% no próximo, enquanto o executivo, no OE2026, aponta para uma maior descida da taxa de desemprego para 6,1% e 6%, respetivamente.

FMI revê em alta crescimento da zona euro para 1,2% este ano

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a zona euro vai crescer 1,2% este ano, uma revisão em alta face a julho, enquanto para 2026 a projeção é revista em baixa para 1,1%.

"A elevada incerteza em múltiplas frentes e o aumento das tarifas são os principais impulsionadores" destas estimativas, lê-se no World Economic Outlook divulgado esta terça-feira.

O FMI destaca que "a recuperação do consumo privado, com salários reais mais altos, e a flexibilização orçamental na Alemanha em 2026, representam apenas uma compensação parcial, enquanto o forte desempenho da Irlanda impulsiona o crescimento em 2025".

A Irlanda deverá ter um crescimento de 9,1% este ano, segundo as projeções do FMI, que abrandará para 1,3% em 2026.

As estimativas da instituição apontam para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha de 0,2% este ano e 0,9% no próximo, e para a economia francesa um crescimento de 0,7% e 0,9%, respetivamente.

Projeta-se também que o saldo orçamental piore na zona do euro, nomeadamente tendo em conta "um aumento de 0,8 pontos percentuais no défice na Alemanha, resultante do aumento dos gastos com infraestrutura e capacidade militar".

No que diz respeito à dívida pública, estima-se que o rácio dívida/PIB na zona euro atinja 92% em 2030, o que compara com 87% em 2024.

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