Maioria dos jogadores alvo de insultos racistas e homofóbicos no Euro e CAN

18 jun 2022, 20:11
Itália-Inglaterra

Estudo da FIFA conclui que ataques aos futebolistas nas redes sociais surgiram «em grande parte» dos próprios adeptos

Mais de metade dos futebolistas que disputaram as meias-finais e final do Euro2020 e da CAN2021 foi alvo de insultos «racistas ou homofóbicos» nas redes sociais, «em grande parte» dos próprios adeptos, revelou este sábado a FIFA.

No Dia Internacional para a Eliminação do Discurso de Ódio, a FIFA divulgou um relatório onde foram estudadas cerca de 400 mil mensagens divulgadas nas redes sociais durante as fases decisivas das duas competições.

«Comentários homofóbicos (40%) e racistas (38%) são responsáveis por grande parte dos casos», explicou o organismo.

A cinco meses do Mundial do Qatar, a FIFA e o Sindicato Internacional de Futebolistas (Fifpro) lançaram um plano para proteger «equipas, jogadores, árbitros e adeptos» desse tipo de ataques durante as provas internacionais.

«Decidimos lançar um serviço de moderação em que um algoritmo, no futebol masculino e feminino, detetará automaticamente termos odiosos presentes no seu banco de dados e publicados em contas identificadas, a fim de tornar a mensagem invisível a todos», declarou a FIFA.

O presidente do organismo, Gianni Infantino, considerou que há uma «tendência preocupante de publicar mensagens inaceitáveis» e que esse tipo de «discriminação, como todas as outras, não tem lugar no futebol».

«O nosso dever é proteger o futebol e, portanto, os jogadores”», vincou.

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