Medina garante que mulher de Galamba "não foi nomeada pelo Governo"

11 abr 2023, 11:34

Laura Cravo não foi nomeada diretora, nem vai ser, esclareceu o governante

O ministro das Finanças garante que a mulher do ministro das Infraestruturas não foi nomeada pelo Governo para o cargo que desempenha num departamento do Ministério das Finanças. A questão foi levantada pelo deputado do Chega Rui Afonso, na sequência de uma notícia avançada pela TVI (do mesmo grupo da CNN Portugal).

À margem de uma audição sobre a redução do IVA nos bens alimentares, Fernando Medina garantiu que Laura Cravo entrou no Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI) do Ministério das Finanças como muitos outros funcionários públicos: através da mobilidade prevista na Administração Pública, transitando assim do serviço onde estava inicialmente, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

“É a primeira vez que recordo que um político é criticado e invetivado na praça pública por não nomear alguém. A doutora Laura Cravo não foi nomeada pelo Governo, não foi pré-nomeada pelo Governo, não tem nenhuma nomeação à espera de nenhum cargo que dependa do Governo”, afirmou.

Fernando Medina reiterou que Laura Cravo não foi nomeada, acrescentando mesmo que "não vai ser nomeada diretora de departamento", partindo essa decisão de uma "razão muito clara e natural: o diretor-geral pretender que o cargo, depois da saída do anterior titular, seja provido em concurso público".

Dirigindo-se especificamente ao deputado Rui Afonso, mas sugerindo que a visão do Chega é semelhante à do PSD, Fernando Medina criticou o "combate político com pessoas que são familiares de titulares de cargos políticos". "Mostra o nível escolhido. Um nível, na minha opinião, deplorável. Não baixarei a esse nível", disse.

Sobre as funções a desempenhar por Laura Cravo, e desta vez em resposta a Hugo Carneiro, do PSD, Fernando Medina garantiu que se tratam de "funções técnicas", reforçando a lógica de mobilidade interna na Administração Pública.

"A doutora Laura Cravo não desempenha funções de dirigente no Ministério das Finanças. Até podia desempenhar, mas não desempenha", reiterou, defendendo a posição do diretor-geral de não ter feito a nomeação da posição da mulher de João Galamba, que "não se poderia opor a um concurso de dirigente da Administração Pública".

Posteriormente, confrontado sobre o mesmo tema, o ministro das Finanças garantiu que o convite não partiu de si, até porque Laura Cravo começou a exercer funções no dia 1 de novembro de 2020.

Questionado por Hugo Carneiro sobre qual o cenário em que a publicação da nomeação em Diário da República seria obrigatória, Fernando Medina vincou que só são abrangidos os casos em que o diretor-geral fizer a nomeação de um cargo dirigente, o que pode acontecer a título provisório ou através de concurso público. "Como a doutora Laura Cravo não exerce funções de dirigente no Ministério das Finanças não foi nomeada por despacho", sublinhou.

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