Medina justifica mudança de posição sobre IVA zero com "acordo". Governo não espera preços mais baixos, apenas uma subida controlada

11 abr 2023, 12:18
Fernando Medina no Parlamento. Foto: MANUEL DE ALMEIDA/Lusa

Expectativa do Governo passa por uma redução significativa da inflação nos próximos meses

O ministro das Finanças garantiu que o acordo assinado com os setores da produção e da distribuição permitiu ao Governo mudar de opinião em relação ao IVA zero nos produtos alimentares.

Numa audição na Comissão de Orçamento e Finanças, Fernando Medina admitiu que se manifestou, por mais do que uma vez, como “não sendo favorável à medida”, nomeadamente por causa da experiência em Espanha. Mas isso mudou.

“A decisão que tomámos foi pensada, tomada num quadro que era diferente do que tínhamos há uns meses”, garantiu, falando num “acordo com a fileira agroalimentar e com a fileira da distribuição”.

Um acordo que, segundo Fernando Medina, não visa apenas a redução do preço dos produtos no imediato, mas também a estabilização do mesmo para o futuro, naquele que é “um compromisso assinado e que vai ser escrutinado por todos os portugueses”.

“Importa honrar o acordo de todas as partes. Contamos que a medida entre em vigor a partir de dia 18. Poderá haver algumas oscilações, mas o que está inscrito é a procura da estabilização dos preços, esperamos que seja bem-sucedido”, disse ainda.

Em paralelo, referiu o ministro das Finanças, a expectativa do Governo é que a inflação comece a baixar de forma significativamente a partir de agora, "em particular no mês de abril", com uma trajetória de redução que não significará uma diminuição dos preços, mas uma subida mais controlada dos mesmos.

"Podemos tomar estas medidas porque cuidamos da estabilidade financeira deste país", concluiu Fernando Medina, regressando à lógica das contas certas que tem acompanhado os governos de António Costa.

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